sábado, 13 de dezembro de 2014


Um heterônio enganado

Por isso gosto das putas francesas
Ou as que tentam falar francês

Não conheço ninguém
que se disponha as curvas do poema em linha reta
ou que escondam um cabaré
Um Sr tolouse lautrec como um carma urbano
um dilema nelsom nada romantico
uma foda bem dada
tão caro e de pé, nada de graça
a segurar com força nos braços o encanto

quem faz do absinto sintoma de equidade
aprendi com os poetas dos anjos o escarro
a comer no espeto os ratos da cidade
e vender acima da inflação o meu acalanto

pra vender a mocinha
a sua falsa santidade
pois eu nunca quis nada disso
 eu quis a carne , o suor e nosso trabalho

Sem marias , Marries , marietas
falsas sobremesas e dilemas dilacerados
Eu quero a mulher que desfaça do macho
que entrasse em Parságada
somente pelo balão mágico

pois lá minha putinha
não se entra de carro importado
e não se pedia a poesia emprestado
e não deixa nem ser santo ou cratos

e muito menos
depois da noite de amor Frio
um breve ditame nada rezado

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