quarta-feira, 29 de outubro de 2014
É de tormenta que se sujeita o bom rapaz
e refaz seu dia , pão e trabalho
e acorda morre , volta , levanta e vai trabalhar
pão e trabalho , engarrafa , para , pra trás , trabalha
e para alem do pão, o milagre de sua poesia
estará nos olhos ?
no peito ?
na farsa
no que não faz ???
no choros dos olhos
nas nãos farsas ,
nãos peitos
no que não se diz
Não há futuro em muito de futuro á sós
tu não vês que o inevitável fez a poesia ser dita
e a vida é tudo que ainda se viu
o que tu tens a me mostrar?
Ah menino
O homem passou a cantar
pra clarear o silêncio
ter mais perto o amor
e se possivel aqui dentro
pode até ter outro motivo
de qualquer sofrimento
mas quase tudo beijo cura
pra qualquer firmamento
é sempre a saga do amor
que faz o doce do invento
na poesia eu que mando
pra invadir teu engenho
e eu termino essa rosa
pra ver se pude mostrar
que nem palavra bonita
me usei pra te amar
então vem logo e me beija
pra poesia esporrar
o silencio insistir
e o poema viver
domingo, 26 de outubro de 2014
Não devemos negligenciar a força dos contingentes opostos
direita , esquerda, centro , muitas vias , terceira , quarta , nossos
a crise atravessa a ética, de acordo com a real necessidade
da manutenção que rege a leitura sobrevivência.
todo homem e mulher é um soldado pelas suas circunstâncias
por isso a dominação, não deva-ser uma categoria fundamental
só as suas condições de maioria, funcionamento e emergência
consolidam no tempo , sua ascenção ou decadência
pensava Maquiavel, personagem que Shakespeare desobedeceu
Nunca se garante o poder , governa-se
o equilibrio da coroa é o sorriso do seu povo
Pensar o reinado, é entender a dinâmica do castelo
Não importa em qual esteja a corte
a força nunca depende do acusador
reside na qualidade de defesa do perdedor
Pensar se for , res publica
grega , apostólica ou estrangeira
a mudança nunca é preenchida pelo seu formatador
Mas pelo tomada do joio pelo seu entendedor
a crise é uma ruptura ou embate na continuidade
o que muda , não lê todos os panfletos
estanca-se
Um rejeitar ordenamento
um diferente existimento
em que a realidade deixa de ser opção
e faz da ação uma chance armada
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Quanto vale a poesia ?
vale menos que uma vida
na mesma proporção do bem e do erro
na calada da noite ou no suplicio desse dia
quanto vale saber que não me basta
ter todo infinito e insistir na minha casa
quanto vale saber ?
diga -me , agua do rio , contos de chuva.
do que me adianta saber
que eu dia tudo volta e tudo morre
e só a poesia há de ficar
e contar a próxima historinha do mundinho
em que no final só nos resta acreditar
quanto vale a poesia que não se basta
não se cabe , e precisa do meu peito de amor
pra beijar e viver e invejar toda cor
a pintar o carnaval sem a mascara
do ponto onde todo mundo parou
o homem aguenta
a poesia não basta
o mundo é o poema
de tudo e de farsas
Assim é o sonho
que aponta a muralha
e enfrento de peito o canhão
Assim é o tom e passada
Assim é o tema universal
o latido do cão
o mel rotineiro da vida
e vou morrer em vão
como as estradas
que só esperavam o carro passar
a poesia me usou para sua própria conspiração
domingo, 19 de outubro de 2014
Entre a parte interna e externa do homem
eu prefiro sua glândula social
Aquela que perpassa pela taxa do dólar
e obriga a poesia a falar dos mesmos assuntos
por dentro das pastas
cóleras
sinais vermelhos daqui a Tóquio
e vasos sanitários tão semelhantes
como padrão bruto ideal de higiene
que não passa muito pelos poemas
oh! denuncistas
oh ! comunistas
oh ! operadoras de telmarketing
qualquer cena que treme
e suspende
.... veja bem uma placa confusa
porque saberiamos com tanta clareza
se o próximo passo a incerteza
sempre tem o charme da revanche
maldita história que nos puxa
andar pra trás
andar na sua
cale a boca agora
ditadure-se
envenena-se
entender o poema
é fazer-se de sua
fode
com toda provisão do homem
sábado, 18 de outubro de 2014
Preciso amar demais, antes que outras coisas façam sentido
tenho medo do vento que não chega
do beijo que não me olha
tenho medo de ser observador
Preciso amar
não porque o dia vai ser mais bonito , por solidão , ou pra ter alguém.
Preciso me espalhar pelo mundo da forma mais delicada que conheço.
á incerteza
Preciso amar , pra quando chegar em casa
ser casa
não ser mundo
mundo tem eco
Preciso contar meus segredos
só quem ama pergunta os seus segredos.
mesmo em poucos segundos
mesmo em poucos milagres
amar é algo que eu não vou saber
mas acho que o amor tem haver com intensidade
ou não ter sentido em tantas outras
não por repetição
por opção
me parece crianças
que brincam escondidas de madrugada
amigos que sempre se veem e contam o que querem
e ali o universo repousa e tudo pode começar de novo
Das fraquezas que exerço com extrema honestidade
e me torna um isolamento resposta pra vida
é a despedida.
Nunca vou me despedir.
Tenho todo o direito de ter como lembrança
todo o caminho percorrido.
o inicio, a dificuldade , a força , o sorriso .
Porque devo abraçar tanto o fim como uma religião
não , não devo fazer da vida uma justificativa fálível.
Como uma consequência de um mundo que se esvai.
eu sempre respeitei o que há de humano quando cai
Porque eu , justamente eu , devo impor á morte
Os erros onde a felicidade não conseguiu subir no palco
e filhos tão inseguros que inventaram a pressa
eu sou um mago resistindo, que tenta pregar no céu uma placa:
Desenho o mundo com azul tinto, caso o amor esteja em falta
Escolha o sol como melhor amigo.
Mas do que lhe acompanhar
ele sempre esteve tão sozinho
você não deveria esquecer que depois da morte
do oitava casa na kaballa.
Sempre surge os heróis em sagitário
o ultimo dia do fogo
onde a eternidade encontra-se em órbita em propor
melhor chance ao carbono e fingir o desencontro
a temperança é um conselho antes do trono
Um arcanjo mais adequado
que o ermitão
Teu choro é sal
Porque tuas rochas não guardam os erros de mundo
profundezas em que deus não se atreveu a criação
é nossa parte amar todos os oceanos
Não devo me despedir pelo verbo ainda
Não devo me despedir por que sou fraco
exatamente a medida do amor que sinto
e que carregarei escondido
reiventado meu espaço
colhendo amores
jeitos e doces
os dias são feitos assim
florestas são mais flores que jardim
janelas abertas apontam o que meu dedo não podia
e eu pedi ao serafim
que me desse chance de voar pra longe do dia
e me deixasse bem mais pertinho
da nuvem que giz a lenda
eu rabiscar no quadro do não esquecimento do ser humano, por exemplo : é preciso sorrir
e eu exigiz novamente, em um giz amarelo
que todo amor será para sempre
Retiraram a literatura da história
sobraram homens que faziam versos
e homens que faziam histórias
retiraram do homem
e dividiram em dois braços
o porque fazer
e como fazer
retiraram da humanidade
o que todos vamos fazer em humanidade
sobraram os versos, os homens e sua história
e no meio do caminho tinha uma pedra
e esse homem por não acreditar , e não pensar em nada e ser tão contemporaneo porque olha sua história e ve somente e tão somente uma pedra, ainda que fosse .
não se perguntou .
Porque uma pedra ?
Pra onde foi e de onde veio essa pedra
O que os maias pensaram sobre uma pedra
poderia ser um sapo.
A poesia é tudo aquilo
que não pretende ser
porque se fosse
não seria poesia
seria um beijo
a poesia é tudo aquilo
que ainda não me foi permitido
e eu posso sentir
eu posso por em verbos e choro
pelo beijo que já vive
para os que entendem a totalidade como categoria fundamental
vai no google
Marcus tem toda razão
extrema razão
só da pra falar do eu
porque o churrasco ainda não foi marcado
a mulher teve que ir no cabeleiro
e sobre eu
eu
Meu peiito estala menos agora
é mais adequado repousar, ver daqui a forma passageira
como um projeto reto de expansão e sem lágrimas.
Sem lágrimas , sem erros , sem chocolates , saber que a instancia que me julga
é completamente vidraça, vejo tudo , o que dividi , poderia uma pedra destruir facilmente o que lhe veste e te estraga , e cerca
o peito estala menos
pelo índices inflacionários
o preço do cigarro
á pedágio da minhas luas
hoje eu prometi não condenar o mundo
nem a mim mesmo
peguei um bocado de tempos ruis e levei ao laboratório
Tive um sonho que eu não lhe via mais
Tive coragem somente para enfrentar os medos
quem conduz o carro, sabe desviar do jeito que a porrada lhe acusa
o pior sempre é quando eles tem razão
e não lhe oferecem um beijo , uma roupa limpa , uma pauta , uma lupa.
uma poesia carne e surda
vestida com tecidos pragmáticos
sem detalhes alem da sensação carnívora
tu foste embora
antes que a solução chegasse
antes que a po
e s
i
a se demostra-se -se
gaga
medrosa
indo
Retiro tudo o que disse
farei do silêncio um sintoma
conversarei com andanças e não ações
canções que se esconderam por trás
Domingo
amores
prefácios
silêncio
sem perguntas e opiniões sinceras
açoites
sono
devo dormir
há dias certos para perder
e levar um pouco de arrenpendimento
antes de encaixar uma resolução
de se convercer do contrário
domingo
acho que o domingo não
dormir
é melhor
ninguem há de saber
o que sonhei , e o que catava
e dos porquês inconcébiveis
sem me repor
para segunda
A serpente sucumbiu aos amantes uma escolha
sofrer para equivaler o amor nesta vida
ou seguir adiante , dirigir o carro , construir uma torre, temperança
Era objetivo do universo criar o amor há muito tempo
Mas era imprescindível alguns atributos que os deuses até então pouco sabiam. Era necessário criar uma espécie específica pra isso, um tipo de destinatário final, completamente diferentes a viver uns com outros e sem se preocupar muito com o restante dos seus funcionamentos, e ainda tinha um planeta só pra essa porra
É um momento de pausa a criação do homem
Como se a vida fosse uma constante
E as pessoas existissem nela coletivamente
Parece que o universo é tão estático
E a humanidade a deflagrar suas diferenças
pelo tempo , tão antigamente , tão idênticos ,
é um momento de pausa pelos olhos fechados e mãos estendidas
e pedem que segurem tudo que se perde e se estende
tão esperado , surpreendido , altamente desqualificado e tolhido
para que possa ser bem eternizado e longe dos além
Malditos mares onde tem um dragão
que entorse a escolha a espremer o tempo
a faz que os amantes só tenham uma espada a se proteger
e perdem . Perdem , perdem para o dragão e dali a vida é feita
Ou amor virá uma conspiração
ou você será uma eterna suspeita
Como prenuncio de novos tempos
a vida que vos fala
guarda tanto de mundo que nos é dentro
que de qualquer outra maneira
seria insuspeitável
o assunto não ser demolição
falei tanto sobre casa
que agora terei de demolir
quanta conspiração !
quanto aprendi
quanto sonhei e fui feliz nesses dias
vou demolir não ! vou refazer
a vida é refazer
caso contrário
a lua fica tão imensa que o fria fica insuportável
o sol queima o dia inteiro
e principalmente
Nem tuda chuva é de verão
Verão acaba
verão também volta
e geralmente mais quente
porque sempre sobra rastro da gente
num pedaço do corpo que mora
a saudade e o querer não ficar
Se demora
se perde no caminho
de querer ver sentido
em viver pra beijar
e dormir
Poe tua saia cigana
aquela rubi e canela
teus olhos tirana
Meu corpo envenena
abriu tudo que enganas
sem haver penitencias
moça que dança
ao passo que sente
vida que vai em rodas a frente
Em descompassadas andanças
Não mente ! te ajeita e cantas
gira tua vida de volta pro seio
teu mar é o sal de quem tramas
Há fuga por todos os leitos
Escrevo para poder lhe tocar
Passar a mão no pescoço, sentar no banco da praça
Escrevo para ser lido pelo buraco da fechadura
E passar as noticias que nunca se escondem
Precisamos somente de dois versos
depois o silêncio morava por nós
Acho que o amor é motivo para ir a lugar nenhum
ou sentar no escuro e contar as estrelas
Não da pra saber , não deu pra evitar
bateu !
a vida que existe na gente , bateu e foi além do que precisava
essa é minha posição
bateu e foi longe demais
Não é falta de charme meu
dizer que as histórias bonitas são menores ou não fizeram diferença
é porque o que bate em geral estende o bater
é porque passa a existir a chance de alguém ver vantagem nisso
é preciso ser claro
Não pra dizer que o resto é mentira ou que não entende o mundo
prefiro descobrir como se faz união , abraços , amor
esta é minha posição
Penso que nada é moral
é desafio
ter o mundo que nos é dado
por pais , avós , amigos , milénios
ser o grão de areia mais articulado
tendo em vista o avião , a fome a bomba atômica
é complicado falar dos pesares das coisas
Ter de estar perto dela
se não virá só opinião
fica tudo com gosto de balanço
Não é agressão somente
é negar a minha ida
justamente em direção a você
Não é algo desproporcional
é estender sobre mim em excesso
doses homeopáticas entre ser e o descanso
me evitando reverso a todo meu pranto
Eu chorei por ti sim
E nessa dor encaixo a parte no que perco
E junto todo dia meu plantar do desapreço
e só carrego
eu juro !
que só carrego
por não querer saber se tenho
Mas se posso encontrar
Bateu! E é sempre de frente
Não tem pra onde correr
é tudo grande demais
E por isso o acaso pressente
Porque você não rouba logo a sobremesa ?
Ninguém vigia a cegueira inconveniente
em queda, o sumiço propôs a ousadia a chance repartida
da flecha fora do alcance, do erro galopante
Ao passo que a mentira o entulho saciado
invocou o próximo verso desarmado
Roubou o verbo, escondeu no bolso
do temerário desastroso a criança faleceu
o que há de errado sem motor e o museu ?
é a sede enfim
fez de uma viagem
paladinos seres desapropriados
dom quixotes favelados de si
é titulo de honra sem verbo emburrado
o colher de gente , podre e reformado
Como roupa cantante imagens de um Estácio
Um passageiro sem marcação e destro daqui
de tal cegueira
porque não aproveita amargura em frigideira
Faz das contas pagas sorriso e musica clássica
ainda que a cama apresente como solução a falência multipla
Não da pra ver , não se pode sentir
o inconsciente á revelia de seus muitos tratados
acorde e perceberá o ritmo
da cabeça maior produzir a morfina
testa grande óculos escuro
Só a vida tem medo da repartição publica.
Volta pra rua, tenta dar sentido a pura
Volta pra porta, tranca, pula do telhado
Achou cada parte em camelôs, oriente, reprovados
quebra cabeça de muitos vestir teses agasalhos
reclamar de erros poucos relevantes aos improvados
Como se da história redefinisse um ver menos palpado
e gráudo
Proclamaram como justo, fático , agigantado e veludo
abrirei como chave o negar absoluto
Meu complexo de complexos
Do alemão
O meu agir em menor miúdo
Para contar a sorte em palitinhos
e amarrar no braço uma fita
Pobre engenheiro idiomático
Construir com as palavras uma varanda sem ninguém para levar.
Arrumaste tanto a geladeira , a bebedeira e a rapunzel
que ela errou de endereço o indecifrável rumo do papel
ela queria tanto te dar aquela noite e tu se fudeu
que ao prever como seria sua próxima lua de mel
o poeta descomplicou o amor e disse ao Egeu
- a proxima terá caldo de cana com pastel.
Pra quem tinha só 20 reais no bolso
As palavras mais cabíveis
-Teremos a noite de nós dois
Coca , e muitas esfihas do habbis
O amor passou a entender que ao pagar a prestação
Não se comprava com as palavras o que se abraçava como irmão
deixou de contar suas palavras.
Passou a sambar com esse mundão
travessia é perda de tempo em jeito melhor de parar por aqui
te vi em silêncio
com raiva nos olhos
sem rimas a flor da pele
terra seca é jeito evitado de beijo nenhum
ter sido melhor aproveitado que poderia
deixa pra lá, o mundo mudou de endereço
reverteu o verso , pousou sob jupiter sem rima e assunto
é passado em tempos a mais
Acho que a poesia já basta
A caminho de jupiter
Parei no posto de gasolina meio escondido
haviam tantas curvas e placas dizendo não volte
Como sou desobediente
Não confiei muito bem no além mar proposto deliberante
paguei ao funcionário, recebi meu troco e ele me perguntou
-tu não vieste do mundo ? tal orbita é tão expulsante assim ?
Sabes que depois do perigo , o que sempre sobra é audácia e a fama de destemido. É como porta de vidro a céu prendado, alguns se usam de mansinho e outros a la descaralhado. Sabeis ser passado e ter adiante o costume usado , tradição como companhia do bom moço , sob mel fácil que agilmente poderia ser doado, mas não entregue a sorte como dizem os prisioneiros fugitivos tão terráqueos
- e o que fazes com o mel ?
-geralmente fabricado por um doce divertido dilatado pelo sindico diretor do sindicato. Fabricando esses bombons você fica mais cabrosiado. Vai fazer da vida dura, sua honra por milimétrico cubico divino centavo
- e o que fazes com o mel ?
Vai ficar tão bem gelado que de saia e sobremesa vai servir de ovelha negra pro casamento do cunhado.
é o que fazes com o mel ?
tu já teve a rima longe
De uma orbita que sabe prosperar
tem uns verbos mais tão permissivos
bonitinhos pra poder falar, sem poder , esperar , bla, bla, bla, blá
Aqui a gravidade é mais intensa
Fazem pra além da vida uma construção não existencial
e os sonhos pedantes
todos os sonhos pedantes
Foram consenso a expansão de fogo indefinida
para que o enjoo tirasse a cara do gosto com jeito na camomila
de todas as futuras meninas da região
Vivemos em um grande cemitério
o nome do homem da placa
o homem que inventou o avião
tijolos e submissão
quase tudo , quase nada em vida avante
Pergunto e sempre levantarei suspeitas sobre a vida
Não por curiosidade ou por relaxamento
é porque se formos fantasmas
nietzche vai passar a ter razão
eu e ele não queremos nunca qualquer tipo de verdade
e vamos catar beleza como se beija estrela
não , não ! não quero vida eterna e nem consagração
queria saber se a metafisica é sinal de solidão
Se formos eternos ainda haverá perguntas
Se formos embora tudo será tão a toa
que qualquer ação é um valor invarivável
e todo carinho pode ser a filosofia da obtenção
que qualquer olhar negaria a pessoa e sua redenção
troxa . tão troxa! otário
Acho que a vida não deve esclarecer
e nem a morte é sentido da tristeza
mesmo a história e homens buscando sentido
em qualquer tempo histórico
deveria haver a radiografia do medo
para que pudéssemos negociar a beleza em troca de finitude
em busca de um preço confiável a pagamentos brutos
tenho medo de escrever sobre a tristeza
o que vou dizer para meu filho?
o que devo ensinar amanha?
quero reunir uma coletânea de motivos bons para acordar
e sobre a morte
sempre vou usar o argumento do amor
a metafisica materialista orientadora mais sincera do que nos falta
e direi que viver é um ato de coragem
pois iremos perder tudo
Mas deixaremos poesias como rastro
um mapa do tesouro
para melhor viver aqui
em multidão sobre América
Que dia inteiro !
no espaço do meu trago visito meu beco
e todas as cores votam pela burocracia
nome
cpf
idade e sexo
posição politica
solteiro
tantas partes omitidas
que cada olhar é mais um jogo certeiro
da mesmice contínua sem rima e bruta
eu quero acelerar a montanha
nua
pronta
desprovida dessa prece tua
e ai assim
vou tomar banho de lua
e paz para não ser cínico com as estrelas
marcar um churrascão em guapi
antes disso
preparo sob a incerteza
o tempo que teremos das leis trabalhistas
nosso mundo é tão de verdade que não temos chance da verdade
seguiremos no caminho com o cú na mão , muitos amigos e erros de humanidade
mas estamos ai
e quem nos julgar
vai ter que pagar minha hospedagem
em paraiso especifico
sem meus crimes e amores
assim não quero
só sei voar
porque nunca confiei no azul do céu
porque sou marrento
e quando me disseram que tudo é sofrimento
me encheram o cú de papel
e rimas na poeisa que falavam de mel
e tudo tem que rimar se não , a critica .... ( essa parte não tem rima )
mentira
o melhor gosto de mundo
vem do sexo oral
O beco 4
No meio do caminho tinha um beco
Nesse beco, só entrava quem se pré dispunha a tolenrância
o meio do caminho achava o beco sem saída
e pregava sempre uma pedra no sapato
o beco era canto ordinário
que passarinho nenhum pensou em sanhaço
o sonho do beco era aumentar seu espaço
e explicar o que prega de fora pra dentro
maldita propaganda enganosa
quem ficou horas atirando pedras no caminho , sem curvas
Não sabe o tempo que perdeu nas ruas
o beco é um bar , armado de seda e amargura
Me preparo entre a misericórdia infinda
e os sopranos irrelevantes que pouco afirmam saidas
sobre os cacos humanos pelo chão .....
a cada um haverá uma filosofia que o amole
que vai lhe deixar um recado em meios tecnológicos
ou algum deus novo sobre prefácios astronômicos
Tenho medo que tudo seja autônomo
cada grão de areia com um cardápio sobre a mesa
prontamente para devorar minha substância
que não me provoca salvação e nem perceba
Cada pequeno mundo de tonteira
Porque pensar tanto
Se cada bomba ou solução
é mera brincadeira
?????????????????
Porque cada pergunta é muito incesta
filhas da devastação nascente de trincheira
e que detesta
Cada homem ao passar por mim inteira
nunca afirma o inferno que lhe testa
Sou filho do amor sob o signo de leão
da era de leão
Onde tudo foi construído por detalhes e medalhas
Nunca faria sentido pensar em ser feliz
que pouco amor sentem esses que insistem tanto nessa palavra
pouco perceberam nossa morada e ousadia
muita magia, a beleza da generosidade
seu sorriso pela convicção
a proteger essa floresta
a ser dona do acaso
Não sabemos estar a deriva
em tramar uma revanche pelas crianças
de tua força e sinceridade
Eu odeio a roda da fortuna
o meio do caminho
não fomos prontos pra tudo isso
Um leão não é um general
o leão chora a morte do anjo que não nasceu
abortado
morto
ela e sua mãe
Mas como aqui a vergonha é escancarada
deixei o sorriso versus espelho
e não sai nunca mais para brincar
talvez ela salvasse o mundo
talvez eu tivesse errado a mais tempo
nunca vou saber
nunca vou voltar
a maça dividiu em dois esse destino
uma eu cuidei pra nunca mais sentir a maldita fome.
a outra
entreguei a uma criancinha
como você mesmo me faria
Ao assustar a vida
o amante engana-se
Como se soubesse a preservação
apresentar novos rumos
e o amor passa a ser
como era no futuro
intocável e refeito
sujo e vermelho
no limiar , a escorrer levemente
e nada mais seria
montanha ou disciplina
menina ou mulher
porque dentro
há espaço , há divertimento
Quando reescrever o sentido
o amante colherá a diferença
entre os erros inevitáveis
e o tempo de menino
Não confundam liberdade com vontade
e principalmente solidão
não estamos sozinhos
os deuses sendo verdadeiros ou não
pelo menos nos prova
que sempre houve a humildade
de não se saber tudo
de te proteger
que todos não foram capazes
alguem poder chegar
imagine
os que espera de você
o nosso tempo vê no outro uma barreira
inverteram consumo a fertilidade
como se fosse impossivel no plantar
o que se quer do mundo e das pessoas
o que se quer deitar
sonhar
imaginar
viver
Cuidado com o nosso tempo
ele é vendido demais
e faz de mim para ti
sempre algo menos importante
mas eu o mundo
estamos todo dia
a equilibrar do inicio a partida
todo o resto é maior em todo lugar
eles falam em liberdade
Mas o homem é inteligente
ele é livre pra decidir
a qualquer lado para frente
liberdade é saber conduzir a plenitude aos outros homens
para que o não olhar cinico e urbano
seja um sorriso agradável
em que se possa pedir ajuda e amizade
você terá a chance homem livre
de provocar mais inimigos
e trocar um coleguinha por prisão
poderá ter ideias lindas
e nunca cantarás uma canção
ninguém te chamar pra dormir
liberdade para ter mais
eles podem te dar tudo
menos liberdade de gente
e pior que até no ceu e no inferno
há tante gente
meu deus meus deus
até tu não me deixa sozinho
liberdade
tanta liberdade
que eu só sei
falar de ninguem
Este poema me exige evidenciar a vértebra máxima que assenta terra dentro
Para contar nos dedos a chance mais justa bem sentida
Aquela a tal ponto que se torna vida clara
livre, enrustida por timidez mundo ouviria
Como no cantar boca pra fora
onde voz ecoa por dentro de beijo quente
procura não mente, quando perde alagaria
tanto que derrama, terra seca noite a frente
a se espalhar nossa casa pelo corpo me desanda
afogar o entanto pelo acerto leve tente
é ainda pouco do meu leite
ainda pouco do costume
ser do alguém
ver açude
da foz continente a lhe cuidar
um tanto de porém
Mais um verso e tudo mude
graças ao não saber
Amor
quando o mundo pode namorar
não vou mudar de assunto
juro muito tudo aquilo de pé junto
que ao todo tempo
tem um poema querendo me imitar
Helena
Não faça um amor tanto de si
Não ofereça coração á sorte em majestade
toda rainha que se preze, é face forte
pois cantar a vida e ouvir toda metade
Chore helena! os homens são assim
um menino pra viver
uma morte pra colher
mais um erro de quem não sabe amar
e um espaço soberano entre o prazer
a quem se deve e quem deveria te buscar
estamos tão longe minha amiga
estamos tão despreparados
para todos aqueles que sofreram demais
queria aconselhar teu choro
teu sorriso meio tão sem gosto
como um abraço que se prega a paz
no momento em que já não reconheço
o que seria a vida
durante toda procissão
Escolha bem tuas palavras
filhos da barbárie não cuidam tão bem assim de fantasias
oferecem pouco afago, pouco estrago, poucas tragadas
Acho que o nosso carro quebrou na estrada
Mas tinha uma aldeia bem pertinho , cachoeira, descanso, um pajé, o dia inteiro
Maldito caminho com placas.
Eu sempre acreditei tanto no coração
Sentei no asfalto, imaginei uma lenda
você não parava de consertar o carro. E mexia na roda , no passado
e eu vil na necessidade tola de brincar, enquanto os carros que passavam nos sacaneavam
Isso te ofendia.
Te doía mais, a sua interpretação de minha desistência
Quem vem de longe, só pensa em dormir.
Não tinha como consertar , nem pedir carona
Porque não comemorar uma festa, só porque faltou a festa ?
E eu poderia ser um guerreiro milenar
com armas , poemas e namorar pela fogueira.
você caçava , eu construía e arrumava a oca
Maldita placa e contratos.
Pretextos sociais fadados á troca
Eu homem, você minha mulher
O pajé poderia ser mais sensível que o presidente
prefiro conversar sobre plantas do que tragédias pela manha
eu até pensei em fazer uma nação.
você cortou minha poesia no meio e disse:
- amor tem um caminhão.
- Moço você vai passar em Felicidade aqui bem perto ?
O caminhoneiro me olha com desdem. Quem é macho de usar uma viola e uma brasilia 72, sendo que a caixa financia em 56 parcelas mais entrada um carro zero com ar condicionado e freio abs? Quem ? Um comunista ? Uma crise grega de betas com alphas e letras fracas, como se um suposto fracasso, fosse afirmação
- vai não !
- e mesmo se passasse eu não levaria
Homem e carro quando quebra é a minha chance de fazer alguém abrir a perna
Aqui jaz um homem sem a morte
sem ponte , onde o muro dá de cara com os braços
mais um gole escasso tudo
o meu consumo alimenta o cigarro
onde a poesia não rima com nada
além do sonho que rima com pasárgada
as ruas estão vazia de páginas viradas
de rostos que simbolizam as cartas marcadas
tudo rima com o cansaço, que naufraga
que desespero até você chegar
esta poesia chama-se náusea
um jogo certeiro de homens e farsas
cinismo contido em amores que passa
que desespero até o soneto virar fadiga
e quando choro pelo sonho da menina
vejo que tudo é face a sorte falha
e que não convive bem amor e ousadia
deve ser porque o sonho é pouco
experiencia nunca sempre resolvida
onde os braços não podem puxar
mas enxuga o pranto e a covardia
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