sábado, 13 de dezembro de 2014



Não me diga palavras injustas
fui mais forte que um destemido bandido
até chegar aos dias de sonhos amarelos
cheio de horas para nunca mais parar

eu to me  preparando pro paraiso há muito tempo
decidi só o sonho bom, o que os dedos apontam
o que olhos cansados diluem excessos de véu
eu cato mundos pelo chão

desprezando minha razão atemporal
sempre tentei fugir
carrego meu mundo nas costas
procurando a chave para implodir
o chefe principal

e você ainda diz que meus beijos são ingratos
cheio de ilusão e sal aguado demais
pelo amor de deus !
eu não sinto o mesmo
já me entrego pelo avesso
pois não ha como correr pelos fundos

que injusto !
conosco
apesar do pouco e sincero
você dança comigo
e sempre pedindo
por um pouco do gosto e gesto

desse pequeno vestígio
de sermos nós dois
a fazer mundo novo

Você não esta tão perdida quanto pensas
toda consciência cósmica lhe empurra para dentro
dessa imensa participação freada segundos antes da saliva
o que os olhos mentem em verdades plenas

tive um sonhos tão estranho
o campo era verde e tinha um rio
eu achava que conhecia , e as cartas estavam, e minha mão
pedia um verso a mais e você não ia embora
eu sonhei com você mais uma vez

Havia uma lei que tínhamos que derrubar
e estávamos sendo caçados pelos mais poderosos da cidade
quando chegamos fugidos desse campo
tínhamos certeza que íamos vencer
casados da guerra , tu deitavas e descansava
eu alisava seu cabelo , como sempre faço
e você ria como criança sob um mundo a frente

Sabíamos que as sementes foram plantadas
e que não nos cabia mais além de deitar e ver o sol
escrever poesia truncadas, seria tarde demais
versos e corpos a sós

e você soprava
desfazendo o mito do beija flor
chegamos em cada cidade , em cada casa , cada casal
Éramos ministros do amor
Único cargo que tinham deixado para gente
E não era vitalício , tinha muito chocolate dentro dele
 

e toda vez que chegávamos  em vilarejos
o sol virava  do oriente, chamava os presentes
as crianças, eu ficava horas fazendo palhaçada
e do seu jeitinho bravo , brigava pela sinceridade nos atos de amor
não cobrávamos impostos

Vinhamos  com uma caixinha
dentro tinha :
1 vela para se ver melhor a noite
2- uma planta proibida
3- uma ametista
4 - um incenso , preferencialmente mirra
5 - um manual para combater a covardia
6- um tapete voador até a gruta, e ele só sabia fazer esse caminho

Quando os futuros amantes chegavam lá
estávamos com uma roupa vermelha , as mão livres e nos amando
tínhamos de fazer suas iniciações a loucura descoberta
pedíamos que realizassem  o juramento.

1-Devo amar  toda a criação e defender o desconhecimento.
2- Devo combater o que os outros choram e secar suas lágrimas  
3-é aconselhável dizer eu te amo pela manhãzinha, e você frisava muito essa parte
desconfiei que você achava , o amor nasce quando se abre os olhos e nunca se vê diferença entre  sonho e o mundo a sua volta
4- A verdadeira cor do amor é amarelo
5- derreteremos a burocracia


Fique tranquila
Eu já preparo planos secretos para sua fuga
Vou lhe armar de asas, e liberdade e contos
Para que esteja nua em benditos voos

Considero grave cdrime
Meu anjo morrer e acidentar desencontros
é preciso acreditar no acaso , na sorte que tivemos
de estarmos juntos qualquer dia deste tempo
que tudo seca, e a distancia assombro

Porque choras tanto?
Porque tentas tanto?
Se estás infeliz?
A nossa culpa é de crimes que não podemos evitar
Eu sei que vamos vencer
Temos o melhor curso angelical de acalanto

Um pouco de tristeza como prova de humanidade
uma vida passageira desculpando nossos erros
Não temos muito tempo
Você vai arrepender suas chances em disfarce
De ter sorrido mais em outros faces
Em mundos que o amor torce para ver

Nessas avenidas
a realidade inundou qualquer possibilidade
voce sair de fininho, parar pra tomar um café
De arrumar seu armário, marcar um cineminha
Carrega o choro das crianças que lhe perturba a madrugada
Levaremos  conosco a grande decepção
pela falta de versos que o mundo ainda não escreve

Mas você é o inicio de um  mundo que nasce
e se nós fossemos condenados a voltar?
desde o inicio , desde o empate    
você pode ser a chance de dizer o que faltava

Não quero que chores
quero que corras
Na próxima esquina ha uma pista de pouso
é tático, esperarmos a trovoada passar

Você é a nossa melhor chance, amor e amizade
e seus versos, um indicio de bondade
é inutil pedir que volte, que não entre em batalha
é inutil,  já é tarde , e o dia comprou a outra a metade

Corra
aguarde
Não é uma proteção
eles contaminam todos nesse chão
voar será preciso, esse castelo que mate
destruirá seu coração
pelos dias bons não vividos
pelos estragos á parte

o mundos exige
O seu carnaval
sua sinceridade
sua delicadeza , e briguiçe
sua meiga forma de convencer

De cantar o melhor dia
antes que ele chegasse

Um heterônio enganado

Por isso gosto das putas francesas
Ou as que tentam falar francês

Não conheço ninguém
que se disponha as curvas do poema em linha reta
ou que escondam um cabaré
Um Sr tolouse lautrec como um carma urbano
um dilema nelsom nada romantico
uma foda bem dada
tão caro e de pé, nada de graça
a segurar com força nos braços o encanto

quem faz do absinto sintoma de equidade
aprendi com os poetas dos anjos o escarro
a comer no espeto os ratos da cidade
e vender acima da inflação o meu acalanto

pra vender a mocinha
a sua falsa santidade
pois eu nunca quis nada disso
 eu quis a carne , o suor e nosso trabalho

Sem marias , Marries , marietas
falsas sobremesas e dilemas dilacerados
Eu quero a mulher que desfaça do macho
que entrasse em Parságada
somente pelo balão mágico

pois lá minha putinha
não se entra de carro importado
e não se pedia a poesia emprestado
e não deixa nem ser santo ou cratos

e muito menos
depois da noite de amor Frio
um breve ditame nada rezado

Bem vindos senhores e mocinhas
a nova ditadura da liberdade
onde todos podem dar a sua opinião
e tornar estática a sua grande verdade

Bem vindos senhores
a continuação dos muros
pois toda liberdade não leva em conta
a todos que pertencem nesse mundo
pois a minha opinião, assim defronta
que mesmo por  estar mais certo
conviverá com o apesar de tudo

desta nova ditadura
onde tudo está sozinho
e cada vez mais se junta
ele não percebe
ele se esquece
que o seu reflexo
é a vida comum da pólis
e preço do feijão , da casa , dos automóveis
da realidade que se vive e que se explode

Viver em democracia
é aprofundar o que incomoda
tornar processo o que se vê de mito
tornar real o sonho do menino
Nascer direito o que lhe é principio

já temos esse acumulo
há muito em papiro
hoje em manifesto garantido
em entidades pseudogovernamentais

é não tornar contrário o conflito
necessário e amadurecido
como manifestação de direito
tornar politica toda poesia


Eu já sei ! Descobri a causa do  porquê  de tantos falaram de amor
é porque ninguém prevê por onde a dor vencerá
todas as suas certezas matinais
todas as suas tentativas geniais
pode ser em vão

e nunca vamos sofrer por outro motivo que não seja falta de amor
porque botamos na conta do belo , toda responsabilidade de ser correto
Insistimos no amor bonito, intocável, energético, heroísmos
eros , eróticos , sexos , salvação, divindade, suicídios

Por isso duvida-se tanto de sua existência
O amor virou uma chantagem
ou sejamos felizes juntos
Ou o amor vai me salvar
em outro lugar
e posso cinicamente dizer que vou amar a mim mesmo
Mas infeliz não ! eu vou consertar minha vida e virar Jasão
a felicidade é o que queremos, se você não me dá
pós modernizo minha existência e digo " o mundo é grande "
foda-se você !

Pobre homem que não aceita ser migalha humana
e não entende como vive o ser humano
Mas eu te ensino , não como mestre
te renovo um jeito de menino
vem cá !

Se a vida e dura
dificil , cruel, se a gente demora a resolver
Não cobre de ninguém um amor assim
Não cobre flor intocada em cantos do jardim
nem peça poesia com palavra bonita e rimadinha

A miséria é tanta
que somos obrigados a dividir o amor em dois
essa é a prova meu caro!
Não da pra se amar sozinho
Não da pra viver sozinho
Sem mundo
e nunca se ouvir falar de um deus
uma unica placa
e nenhuma palavra ser dita
a ninguém

Mas o que é o amor então
é uma conclusão sobre a impossibilidade de solidão
ou a melhor maneira possível de se viver em grupo, ou com sua namorada????


Porra nenhuma !
O amor é uma reclamação de quem não brinca na madrugada
é quase a mesma coisa que a gente faz
ignorando o mundo quando estamos no pique esconde




A morte nos separa entre o ultimo instante e a desgraça    
os agora por ai a frente
São dispersos , Não ligam pra isso
A poesia é sempre um alerta
um serviço anti-sumiço

Temos muito o que viver
Quanto fim não se deve entender  
tanto sentido, tantas cruzadas
vir contente por ter amor no peito
Armadas de vida, porquê e sem freio
fizeram o tempo descer da morada
e me ensinar de uma vez por todas  
Que todo começo
é fingir -se de novo
Não há tempo que aguente
que gire e modifique
a vida que não vem do fogo
mas os dias iguais ao do povo
que rima sem problema algum
arros , feijão e ovo
porque não há milagre
durante toda procissão

Detenhamos a perceber que o tempo é curto
e sempre queremos mais , para além do verbo eu te uso




Desvio olhares intensos pelo que passou
desfilo sem jeito ao passado sentido
o silêncio é uma febril  constatação
Nem toda palavra fala o que viu
Segredo ?
Quem mandou o rei dizer que sumiu

todas as lembranças que vejo me pedem descanso
calma  e um pouco de passeio por todo castelo
vazio o campo , sem meninos e a festa  desmarcada.

Saudade em vão
sabia contemplatação do que não choro mais
pois não tenho dó , nem do passado e do perdão
queria agora a volta de toda constelação

Para onde se esconderam os heróis de minha pátria
Meu dilema com a princesa encantada
e meu inimigo intimo que por amor
me ataca sempre as claras com bandeiras e viola

É sempre por dentro a volta pra casa
catava diamantes
e a corte me esperava da escola
sempre brincante , jogando bola
uma grande greve geral
era carnaval
e todos passavam tão leve
nessa imensa vereda tropical
de não ser ninguém
e ser tão breve
a quem
nunca despreza
o seu bem



A atriz sobe no palco , se ajeita e começa

Não vim aqui chorar meu pranto
Nem por amor e nem por remorso
desde que a saudade reinou o meu trono
e me pos pra fora de todo de meu canto
eu decretei que meu olhos
e não a força que motiva os meus dias
governassem acima de tudo meu cotidiano
pois pensei que passar logo
Me traria de volta o herói,
de todo  meu  próximo plano

Mas foi a saudade
que é o bendito anuncio
de que tudo será para sempre
e que não se fecha ferida coisa nenhuma
é pra carregar do jeito que a vida te empurra
e que não mente ! nada muda , só sente
o mistério da convivência com a matéria bruta
do que se quer de beleza  em todo universo
Misturar amor por quem estar perto
em um canto leve ,  bem a sós e ternura
pra me desfazer no tua prece que te quero

o silêncio é inimigo , assino o decreto
em tudo que me ver
Saberás que todo amor eterno
Não morre , mas sempre há de viver !



sem samba por falta de ocasião
mentira ! tudo é  falta de paixão
Mas isso é caso de quem traz a sorte
te jogar no colo da eterna e melhor direção

Caso de morte
viver sem ter porquê de não amar
se for por causa de dor , tudo dói
é melhor chorar o teu sorriso
A não ter povo por quem amar o seu herói

a culpa não é do samba
paga tua multa menino cigano
tu saiu a girar teu mundo zoneando
e agora você não consegue mais rimar
Nem poesia com os resto das manhãs
aceita ! é tudo completamente pelos astros
o que nos cabe no desastre é estar quebrado
Não deu pra escolher, como eu queria ser lembrado
Não deu pra diminuir o mimimi , Todo canto é um fardo
façanhas , engano , o que saiu de mim, o quê voltou cansado

ocasião ?
É do peito que sai a voz
é sempre do lado de dentro e guia
amarra os lencóis
eu já tenho outro continente
aprenda que o samba da nó
mistura junto no pó
em tudo que há barro na gente

Tem a historia do zé que me deu
um jeito de calar o silêncio
A poesia foi o homem que se meteu
Não sabia na merda que deu

graças a deus
graças a deus

quinta-feira, 20 de novembro de 2014


Poética pitagórica

e quando vieram os numeros irracionais
os babilônicos admitiram a deformação do espaço
os simbolistas rejeitaram o quadrado pela profundidade
arquimedes em 3, 14, previu o raio que corta as indeterminações

O positivismo em sua extrema deselegância
rejeitou as formas inexatas de concepção.
contradição, octógonos , 0 , cruz e souza e o suidicio.
a poesia da pirâmide é uma sintese , entre o absoluto e extensão.

O sol no oriente
engano o equador
não há forma entre beleza e apropriação
a soma por todos os lados
sem ferrugem
inidica o ponto médio
da incerteza sobre a vastidão
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          2


terça-feira, 18 de novembro de 2014


Seremos pra sempre
esse carregar mais pesado que a gente

e cai amor no chão : a gente tem que pegar
e tem vendaval no amor : a gente tenta levar
e quando o amor some ? a gente morre encontrar
na gente ,o que pode ser diferente , quando vida me dá
eu to sempre mudando , e nunca deu pra sambar
e se gritam meu nome  , viver não é pra ficar
eternamente sendo fulano que não parou pra cantar

eu puxo horizonte
que a lua vem cá
do jeito que deu
o meu orixá

prepare teu fronte
e todos os homens
pois um novo começo
A de se rebelar

Nunca houve silencio
em todos os sussurros
o seu segredo
ja foi vivido por um deus


Ninguém há de colher as tuas migalhas pelo chão
essa minha querida  é a tragédia do pão
O amor precisa ser vivido
pagar o preço  da invenção

tu pensas que é castigo
ter mais da dor do que é preciso
e da inveja um sermão
nem amor de amigo ou irmão
é contrato , perigo , paixão

tudo gira
tudo contra
e a montanha nao sai do lugar
não bate vento em novas estradas
mas as novas caçadas me deixo levar

aproximo da natureza meu olhos
disfarço o alcance que a verdade condena
pois no final tudo sempre remonta
o próximo verso falará de problema
pelos próximos anos
por todos os anos
você vai falar
que foram seus orixás
que sopraram teus cantos
montaram os amores
e fuderam meus planos

Assim eu não posso
não pude evitar
eu guardei nos amores
o meu bonito lugar
ta bem no meu canto
no canto cigano
quando bate o tamanho
de quem me levar

o descanso


Está definido , está consagrado
e mesmo um milagre tão lindo
poderá ser evitado
Não ter dor ou mal no destino
que você traçou por ter amado

Não é azar , doutor , é sofrimento
o chão do meu dia não leva meu sonho
não assenta nada , coisa que não se sustenta
Minha prova: Saudade aqui dentro
de terra
de cartas
palavras de todos os jeitos
em tudo que façamos da sorte
o norte do meu novo sujeito

Está consagrado
Será horrível crime
você não amar
antes das cicatrizes

Se voce vai sofrer
Não recuse sua pena
pois a vida é escolher
qual vai ser seu dilema
o teu bem que me quer
quem te dá é a vereda
ou a gente encontrou o amor na vida
e vira tudo criança pequena
que ainda espera a lua cheia
e nunca mais sozinha
como esses dias
que tu me não  anseias

coração é o fim do mundo
terra distante quando me diz
que tudo voltará a ser
o amor de volta pra mim
rabiscar tanto um corpo
de sorriso que diz ao fogo
-vamos fugir tudo de novo
Antes que o rei do trono
me chama de povo
e me prenda no final feliz

Eu quero teu choro
de menina que não se ajeita
em paixão que nasce sem beijo
e dorme cada dia mais pouco
do nosso lado , poucos olhos
da pele a clamar pelo louco
o resto da vida que provo

O coração é masmorra
e todos os versos  rebelam
todo amor  vem eterno
se não , não gruda na boca
e se não me  tocar
Não lembre
que o meu próximo amor
vai ter que dançar
ouvindo as sirenes
e os destroços da vida perene

-alerta , alerta

O amor se expandiu
a vida agora  me prende
coração virou seu refém
de tudo que ainda se sente

preciso do beijo a soltar
a palavra com amor de plantar
saudade criou bem de frente
o "Agora não posso voltar"

que meu coração te aguente
do fogo que já nos pertence
e assim descansar
em teu sorriso
que ainda não me disse eu te amo


Não chores poeta
por toda amor de sua amada
Ninguém sabe se é verdadeiro o amor
cabendo exatamente na medida certa
do que é nunca foi inteiro
ou  de quem a poesia detesta

Ah meu amigo , assim é festa
fica longa sem volta pra casa e segurança
e ainda nos pedem samba , sorriso e uma grana
Sem ao menos pagar o minimo da promessa

assim é o acordo
sem rima e sonso
a poesia vaza
será destreza
de um vivopata?
que só deseja saber
e não bobo
e sai de sua farsa
assume o garoto
e brinca
e faz da poesia
a vida que  persiste na palavra

Não cante antes da hora meu amigo tristão
há duas coisas que sempre perdem a passada
um samba de mera ocasião
Amor com hora marcada .

Não chores poeta e amigo
quando tu morreres lembre -se
de quem de fardo viveu
é morto vivo e nunca se leu



Deixe pensar que é melhor assim
sem me decidir , ter que lembrar
deixar o sonho aos serafins
e eu viver por caminhar

nesse chão sem fim
que deságua pelo mar
o que sempre há de vir
Me trouxeram para cá
um amor para dormir
uma vida pra levar
Mais um céu a colorir
ter um samba pra cantar

pobre de mim
só queria brincar
Com a cara lavada
a menina danada
nos olhos de sua atriz
deixa a peça do lado
o sonho acordado
me amasse quem te faz feliz

Deixe pensar que teremos tudo
e o que não fica, não lembra nem significa
não te muralha em esperança alguma
até mesmo em momentos tristes

pois o tempo não existe
em sua carne,  plena estrutura
fui eu que participei de sua vida
e não esse mistério que se aprofunda

que chega
e leva
( ou tenta levar )

o motivo real para viver
amores, que nunca esquecermos

domingo, 16 de novembro de 2014



Que ballet mais desastrado!
Veja só a bailarina como tosse.
A musica tá ruim
fecha cortina!Que cadeira apertada !

olha esse palco
Não vejo nada diferente desde o mês passado.
o cara não levanta a bailarina , não faz nada
fica aquela melodia aguada encharcando a platéia

Esperava ao menos nostalgia pelas falhas
um critério por idéias, um dizer porque choravas
Que justificasse um show tão necessário
Sinceras dores em temer o que escapavas

Conhecer-te ao bailar
Não garante leveza o movimento
insiste na beleza em detrimento
Em passos certeiros do mesmo lugar

Se eu não lhe conhecesse em camarim
diria que o jasmim é cheiro demais
Pra quem faz sempre do fim
Eterno roteiro em cartaz

Quem sabe o Ballet dê passos atrás
Suspire magia tão plena e cetim
Aplausos convencidos em beber dessa paz
E ser novamente roubado pela atriz


minha casa se perdeu no meio daquela rua
eu sempre voltava ás 4 da manha

hoje tem uma bandeira do brasil em uma janela cheia de adesivos
lembranças ......
lembranças .........vastas,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, lembranças
talvez vivemos simplesmente para lembrar
Maldito não é o tempo , a rua não passa
e  dobra sempre aquela esquina

devo não ir embora
pra onde vou também haverá ruas escuras

não quero que cuidem de mim
preciso de uma bela dose de conhaque
e sorte
por lembrar pouco do que posso

Grandes estradas verticais
prédios que trabalho
carros parados
documentos atrasados
a rua é maior do que o mundo
céu  nem olho mais
eu vejo o carro
os carros
os plurais exorbitantes consumistas

sentido ?
ter
seria péssimo e démodé qualquer vestígio
não posso fracassar
é preciso estar sorrindo
um pau gostoso?
uma buceta molhadinha no cardápio?

precisamos ser iguais
se não o seu cartão não vai passar na maquina
débito ?
ou
crédito?
débil?
mental?
, jornal , mistério
rima com o esperto
falta ar
no oxigênio prévio
da bomba que não pode explodir por se dizer  etéreo
qualquer decadência dos homens sociais

Maldito irracionais !!

e as musicas equilibradas
disfarçadas
branquelas
atemporais

meu deus !
eu sou conservador
ajudai me senhor
eu sou conservador

e quero é morrer
com deus !!!!!


geometria
 
no canto do quadrado está o individuo
e todos os lados iguais
em qualquer espaço do circulo
a distancia entre o finito e o outro

o positivismo venceu a pirâmide
prédios crescem em quadrados exprimidos
ninguém cabe exatamente no dia seguinte
porque há de se ter forma , sem solução ?

adequação é regulamentar o divisível
tudo é divisível
as paralelas tendem ao infinito
a energia é um momento de transformação
o ser é  pedacinho de mundo a tropeçar em pedacinhos
porque tantos quadrados ?
lembra que a teoria da inercia prevê que tudo é constantemente
em movimento

já pensou se houvesse mais insegurança?
cada lado diferente
curvas
diferença entre os pacotes de arroz independente do preço.

Mas eu acredito nas pedras
nas nuvens
nas arvores
todas semelhantes
completamente diferentes
e nunca quiseram uma vaguinha no governo

parece até que o coração bate sempre do mesmo jeito


cadê a bailarina ?
onde está você que dança
juntinho, se assanha
cade você bailarina?
deixou o batom na tua bolsa
esqueceu meu beijo na boca
não chama o viver de tua louca
nem um verso seu pra deixar????

Não me diga você bailarina
que tocava em Elis
olhava com giz
de criança acordar
Não me diga
que vai se cansar

logo eu
que achava que o amor existia
porque amizade era insuficiente
amei amigos
e tudo com o mesmo sabor do amor
do amor mesmo
e amar sem ter devia  

vi os sapatos
e os buracos que a prefeitura não conserta
e a bailarina
é mais mágica do que seu tamanho
é mais impune do que um verso estranho
 
mas que rime  com amo


Um poema conciso
pois minha juventude é de cima do muro
e as revistas já assumiram suas posições politicas
homens de terno fazem jus a sua gravata
governadores articulam a cidade pelo mundo
parada , engarrafada , cínica , física , mudo
todos os homens almoçando na churrascaria
da realidade implícita, quanto ao crakudo
produto ético carimbado na ferrugem
Onde morre uma criança
Não se confia no futuro
Nem nos motoristas de ônibus
Nas agencias reguladoras
Em preces que deveriam virar reclamações publicas
No Sus
no Pus
Jesus!
há tantos motivos espalhados rotineiramente
diferenças astronômicas e endêmicas
sufixando o mundo em mente
e placas
que não dizem nada

e tu
a sós
com tu
o que tem a dizer ?
nada?

a cidade morre
quando grita ou goza
fala
canta
assim é o seu percurso
e no meio inverto
o som
do meu rejeito
A cidade insisti

E eu grito:
-Açucena! Açucena ! Açucena!

a cidade tranca Raimundo
me esteriliza
em oração
me fumo

barulho
de carro
de garfo
de perna
que corre
congela
acena
acorda

Açucena!

implora
serena
espera
que morde
que versa
que fardo
te trago
farelo
não tudo

antes que fujo  
A cidade deu a volta no poema
há tempo de chamar-te Açucena


Quando minha mão reage ao toque da pele
o mundo começa novamente
Penso que você pode trazer a chance de segredos prováveis
beijo de manha
e sorvete na geladeira.

angustias e conversas , planos , desencontros
chances e outros sinônimos
tudo rima com a gente
tango , branco, danço na tua pele loucamente.

até você me perguntar
-você vem me dar beijo ?
-vou dar nove.
- porque nove ?
-um por cada dia da semana
e mais dois pra você ter certeza
um como prova
outro como sobremesa


e quando eu acordei no sonho
todas as horas vagas tinham dominados os ponteiros
Não havia curva suficiente  pra que horizonte nenhum contestasse
Só a calçada do outro lado da rua

A vida exigia que avenida me atravessasse
e deixasse de lado meu paradeiro sob pena de prisão
Sai correndo com o passado nas pernas
olhos contra o vento
o chão me aconselhava aceitar
uma pergunta sem privilégio
um sapato que leva a pedra e um homem
me empurram vidas a frente
pra que nada se entornasse
conservar todas as gotas como chuva
entre a tempestade e a solidão

Não tinha muita gente por onde passava
Não havia semelhança
Não havia tantos presentes quando desejara
só aquela caixinha de música

quer ouvir ?
vem dançar ?
percebi que só o tempo é inimigos dos homens
o resto ainda podemos colorir
disfarçar
perdemos a capacidade de compactuar com a mentira


A princesa se enganou
Arriscou a graça e sua sapatilha
na dança pra encontrar a sua rima
não dançou , não chorava , não sorria

a princesa esbarrou
com a sorte quando a noite se perdia
e no meio do amor com a ousadia
não parou , só se dava , se rendia

o príncipe logo apaixonou
só cantava , se amava , se vivia
Mas como o mundo não dava em nada
decidiram, se amaram, sem saída

e fugiram sem levar o troco
com amor nas costas e no bolso
o mundo não dava em nada
eu prefiro fazer tudo do meu tijolo
 
eu prefiro amar a tardinha
ter a vida que o sonho imagina
antes que qualquer tipo de maldade
se sinta mal com nós dois

é preciso afirmar ser feliz
nos olhos de quem te ama
para que o amor se acalme no peito
e o sonho do menino durma direito
somente a paz de ti derrama
Todo meu oceano inteiro

e se faz terra
aqui dentro
por toda extensão de liberdade


voce é inteiro
o mundo é o resto
de tudo que há no mundo inteiro
independente se presta , se está certo;

voce quer o gosto do seu proprio beijo?
Gostaria do exesso de voce em todo torneio?
sempre depende da situação em ser ultimo ou primeiro.  

chega !
As pessoas não escolhem se são objetos ou sujeitos


Há uma pausa entre o silêncio
e sempre haverá

A voz precisou cantar eu te amo

te odeio

volta

porque nem todo preço se cobra
e anseio
agora
o beijo, pra dar sentido  moral a história


é de malgrado que se faz parecer
os dias e noites em ventos claros
do trovão raia o dia por viver
desaguar mundo em olhos calmos

e de esperança se bebe e abençoa
A quem te deita eterna a cama
teu aconchego é sempre jeito bom
de levantar a vida em sua eterna derrama

e dos caminhos que ainda não vive
só me aflige que um dia não terei
que acertei em tudo nessa vida
amar todo destino que tracei

e só assim eu serei livre
para abrir o vento que soltava de mim
dormir na arvore como o sonho mandou
e não ser mais entristecido pelo o próximo fim


o silêncio é indeciso
da vida que solta
tudo é sempre caminho
tudo é vivo a sua volta

que não deve passar
que só sabe seguir
tudo é sempre uma volta
em falar dos jardins

não estamos cansado
andando e pedindo teu pedaço de pão
só estamos procurando até hoje
repetir cantar o mesmo refrão

mas você dança pra cá
e mundo virá baião
você pensa em dançar junto
e alguém acorda a canção
você tenta conquistar mais um espaço
mas são eles que acatam a direção
em tudo ,  no surdo , no reto da noite
onde nem céu e inferno são burros
são apenas descuidados
altamente difusos e reativos
pingentes e outros sagrados
são companheiros e motivos
e compartilho
com o mundo atolado
previamente estabelecido
que tudo que padecem
que estamos presentes

tudo é vivo em tudo a volta
e tudo que é objeto pode ser sujeito
tudo que é sujeito quer um beijo e um emprego
tudo é vivo em tua volta, porque o dia é começo
de tudo que fiz há tempos , o mundo preparou
o mundo esquematizou minhas fraudes
minhas chagas , meus vexames , me orou
tantas histórias que me fizeram morrer
tanto por amor ,outros sem vontade
outras por me empurraram a saudade e meu perder
e assim me confundir e trabalhar, e há de vir

que esse mundo não dá fora
não há canto e nem gorjeta
já vendi minha esperança
em troca de algum futuro

que esse mundo não desce não bebe nem sabe
que bem no fim de tudo
era tudo verdade


De poeta  para poeta
francamente meu amigo
você teu razão!
você pede mais trago
você odeia a solidão

um brinde
você gosta de brindar
voce quer fazer um samba
ser um homem popular

com uma história brilhante
tendo mágoa pra chorar
e vai descendo mais um copo
e vai subindo até chegar

em toda sua conclusão
que a vida deveria
mas não se deve duvidar

que ela não era sua menina
e que ninguém estava lá
e que não era dia de pão
e toda sorte, se afastar

e mais um brinde, mais um brinde
eu não quero ouvir
se há mil canhões para me cuspir
A me derrotar
A me proibidor
todas as saídas
para desmentir

quem lhe ajudará
a todo mal fugir
será mais um samba
pra você cair

tente acompanhar o que há de viver
o amanha será
o que você me fez

e você vai cantar
e vai se redimir
que a vida vai ficar
e voce pode vir
mas nunca vai passar
o que sobrar de mim
por isso temos amor
e o que a gente nunca quis


Teve um dia que eu perdi a chave de casa
e não tinha como  sair, estava trancado
fiquei puto !
eu tava atrasado
tinha um passarinho na gaiola
tinha um passarinho na janela
sabe quem era o idiota ?
quem era livre de problema ?

aprendi que a janela tem uma grade
liberdade é viver sem ter pavor
eu perdi a chave de casa
e perdi o encontro do meu amor

Passarinho tem o ninho e suas asas
para vim o que a vida lhe propor
eu tenho um monte de tarefa chatas
pra ter no fim , o que vento me levou

fiquei endividado , passarinho se casou
fiquei mais estudado, passarinho me lembrou
fiquei enclausurado , passarinho me zuou

-Agnaldo , Agnaldo,
Não é melhor você parar com a poesia e procurar a chave de casa



Eu já não vou ficar
em tudo se escondeu
se o amor é pra encontrar
o que me prometeu

Esse teu sentimento não tem mais solução
pois se não há começo , em dia de paixão
ninguém vai suspirar e nem sofrer assim
em tudo surge o fogo sem medo de sorrir

e não se abrirá sem noite solução
pois se é sempre o fim
me espera a solidão

em todas as noites
de todas as meninas
não adiantarás fugir
em ilhas escondidas

em que navegar já é cansado
de ser do mesmo tamanho




Dias de perto dormem nessa morada
o que é de certo , pertence a estrada
até que a lua pesada de inverno
desistiu de ser tão lembrada
e o universo
e todas as rimas
tornaram -se estáticas
dentro do verbo eu te amo
e como esta não tem rima
alargou seu tamanho
de frente pra esquina
de tudo que não escutamos

Não há coração que resista
Um fogo que afunda oceano
Vento falhar melodia
paixão que desanda no canto
de quem não tiver alegria

Escorre dos olhos o manto
de quem cobriu sua partida
Nada a ser dito pro santo
Palavra que morde a ferida

e sangra
Como todo menino brincando
quando olha pro céu e só vê
o sol embaixo dos panos




Não chores poeta
por toda amor de sua amada
Ninguém sabe se é verdadeiro o amor
cabendo exatamente na medida certa
do que é nunca foi inteiro
ou  de quem a poesia detesta

Ah meu amigo , assim é festa
fica longa sem volta pra casa e segurança
e ainda nos pedem samba , sorriso e uma grana
Sem ao menos pagar o minimo da promessa

assim é o acordo
sem rima e sonso
a poesia vaza
será destreza
de um vivopata?
que só deseja saber
e não bobo
e sai de sua farsa
assume o garoto
e brinca
e faz da poesia
a vida que  persiste na palavra

Não cante antes da hora meu amigo tristão
há duas coisas que sempre perdem a passada
um samba de mera ocasião
e amor que não precisa de paixão

Não chores poeta e amigo
quando tu morreres lembre -se
de quem de fardo viveu
é morto vivo e nunca se leu


Eu já sei ! Descobri a causa do  porquê  de tantos falaram de amor
é porque ninguém prevê por onde a dor vencerá
todas as suas certezas matinais
todas as suas tentativas geniais
pode ser em vão

e nunca vamos sofrer por outro motivo que não seja falta de amor
porque botamos na conta do belo , toda responsabilidade de ser correto
Insistimos no amor bonito, intocável, energético, heroísmos
eros , eróticos , sexos , salvação, divindade, suicídios

Por isso duvida-se tanto de sua existência
O amor virou uma chantagem
ou sejamos felizes juntos
Ou o amor vai me salvar
em outro lugar
e posso cinicamente dizer que vou amar a mim mesmo
Mas infeliz não ! eu vou consertar minha vida e virar Jasão
a felicidade é o que queremos, se você não me dá
pós modernizo minha existência e digo " o mundo é grande "
foda-se você !

Pobre homem que não aceita ser migalha humana
e não entende como vive o ser humano
Mas eu te ensino , não como mestre
te renovo um jeito de menino
vem cá !

Se a vida e dura
dificil , cruel, se a gente demora a resolver
Não cobre de ninguém um amor assim
Não cobre flor intocada em cantos do jardim
nem peça poesia com palavra bonita e rimadinha

A miséria é tanta
que somos obrigados a dividir o amor em dois
essa é a prova meu caro!
Não da pra se amar sozinho
Não da pra viver sozinho
Sem mundo
e nunca se ouvir falar de um deus
uma unica placa
e nenhuma palavra ser dita
a ninguém

Mas o que é o amor então
é uma conclusão sobre a impossibilidade de solidão
ou a melhor maneira possível de se viver em grupo, ou com sua namorada????


Porra nenhuma !
O amor é uma reclamação de quem não brinca na madrugada
é quase a mesma coisa que a gente faz
ignorando o mundo quando estamos no pique esconde



um poema de igual pra igual
os olhos da cara
de frente pro tapa
frontal
nu

um poema
que fala do destino não ser suficiente
somos insuficiente
porque farei um poema das alturas
com degraus sonoros e indecifráveis
com palavras encaixadas nos detalhes permitidos
eu quero um poema que ilumine  os teus  olhos
e desça até o sorriso
porque o que sempre temos que fazer
é aconselhar um deus sobre os motivos dessa vida

sossegue o tempo Carlos
sofrer é admitir-se por inteiro
Somos sempre um parte do canteiro
Onde universo nenhum podeira cantar
por isso, cante o teu choro
saberão que há um continente
mais possível de brincar    

você é uma parte da vontade que a beleza não viveu
e a sorte do acaso, é o argumento de termos esperança

Só desconfie do destino
Se o que procuras não for possível
Mas como nunca entendemos da vida
deixe a vida aberta
em carrinhos de meninos
em livrinhos coloridos
nas feridas dessa perna
nas meninas de uma festa
em tudo que lhe perguntar
se a vida presta
se tem amor
se há amigos
destinos
podemos mentir adoidado
podemos enganar os otários
e fazer um mundo
um mundo
como posso dizer
menos
humano


A noite invade a madrugada
respigando cada gota em sua marcha
tão infame e necessária
cada moça , quando falha
chama um verso para ser seu
de um principio nada encantado
numa uma valsa sempre forçada
que o verso nunca prometeu

a noite desaba a casa quebrada
e faz de mim um próximo esqueceu
tenho da vida o caroço desse fruto
quando o dia em teus olhos mudo
procurei a primavera que me entardeceu

próximo homem
próxima parada
em cada verso de tardinha
bebe, a remendar sua falha
quando a face boba da porrada  
sai da terra com motivo na ferida

vai te entorpecer ! vá !
vá porque eu vejo tua alma
vá porque eu já sei que é encantada
só o sonho como um tapa.
e o beijo que não dura na alegria
vá ! eterna alegria
Meu poema é tão sobrio , mas tão sóbrio
que acordo a madrugada num exame delicado
E não preciso de remédio pra provar que estou errado
na medida certa dos que convenço
em argumentos simples na tentativa de ser  feliz

eu não tenho provas
não serei alcoólatra para ser mais agradável
não vou dormir e nem ficar ajoelhado
eu decido estar acordado
de pé
Com o mundo a minha frente bancando de palhaço
meu poema senhores
é um menino que não sabe mentir


E no meio do meu acalanto você não condena
se arde ou não, o que o amor em geral pretende, quando  se dá
não é pronto
nem é santo
mau me quer
com dó no pé
se pede carinho
eu volto
eu como
do jeito que dá
pro bem que passar
risonho
sempre lembrar
que o plano
era a gente salvar o piloto
do tango

e retornar sempre no meio gostoso
por todo amor que salvamos

quarta-feira, 29 de outubro de 2014


É de tormenta que  se sujeita o bom rapaz
e refaz seu dia , pão e trabalho
e acorda morre , volta , levanta e vai trabalhar
pão e trabalho , engarrafa , para , pra trás , trabalha
e para alem do pão, o milagre de sua poesia

estará nos olhos ?
no peito ?
na farsa
no que não faz ???

no choros dos olhos
nas nãos farsas ,
nãos peitos
no que não se diz

Não há futuro em muito de futuro á sós

tu não vês que o inevitável fez a poesia ser dita
e a vida é tudo que ainda se viu

o que tu tens a me mostrar?

Ah menino

 O homem passou a cantar
pra clarear o silêncio
ter mais perto o amor
e se possivel aqui dentro

pode até ter outro motivo
de qualquer sofrimento
mas quase tudo beijo cura
pra qualquer firmamento

é sempre a saga do amor
que faz o doce do invento
na poesia eu que mando
pra invadir teu engenho

e eu termino essa rosa
pra ver se pude mostrar
que nem palavra bonita
me usei pra te amar  

então vem logo e me  beija
pra poesia esporrar

o silencio insistir

e o poema viver

domingo, 26 de outubro de 2014



Não devemos negligenciar a força dos contingentes opostos
direita , esquerda, centro , muitas vias , terceira , quarta , nossos
a crise atravessa a ética, de acordo com a real necessidade
da manutenção que rege a leitura sobrevivência.

todo homem e mulher é um soldado pelas suas circunstâncias
por isso a dominação, não deva-ser uma categoria fundamental
só as suas condições de maioria, funcionamento e emergência
consolidam no tempo ,  sua  ascenção ou  decadência

pensava Maquiavel, personagem que Shakespeare desobedeceu
Nunca se garante o poder , governa-se
o equilibrio da coroa é o sorriso do seu povo
Pensar o reinado, é entender a dinâmica do castelo

Não importa em qual esteja a corte
a força nunca depende do acusador
reside na qualidade de defesa do perdedor

Pensar se for , res publica
grega , apostólica ou estrangeira
a mudança nunca é preenchida pelo seu formatador
Mas pelo tomada do joio pelo seu entendedor  

a crise é uma ruptura ou embate na continuidade
o que muda , não lê todos os panfletos
estanca-se
Um rejeitar ordenamento
um diferente existimento
em que a realidade deixa de ser opção
e faz da ação uma chance armada

segunda-feira, 20 de outubro de 2014



Quanto vale a poesia ?
vale menos que uma vida
na mesma proporção do bem e do erro
na calada da noite ou no suplicio desse dia
quanto vale saber que não me basta
ter todo infinito e insistir na minha casa

quanto vale saber ?
diga -me , agua do rio , contos de chuva.
do que me adianta saber
que eu dia tudo volta e tudo morre
e só a poesia há de ficar
e contar a próxima historinha do mundinho
em que no final só nos resta acreditar

quanto vale a poesia que não se basta
não se cabe , e precisa do meu peito de amor
pra beijar e viver e invejar toda cor
a pintar o carnaval sem a mascara
do ponto onde todo mundo parou


o homem aguenta
a poesia não basta
o mundo é o poema
de tudo e de farsas
Assim é o sonho
que aponta a muralha
e enfrento de peito o canhão
Assim é o tom e passada
Assim é o tema universal
o latido do cão
o mel rotineiro da vida
e vou morrer em vão
como as estradas
que só esperavam o carro passar

a poesia me usou para sua própria conspiração

domingo, 19 de outubro de 2014




Entre a parte interna e externa do homem
eu prefiro sua glândula social
Aquela que perpassa pela taxa do dólar
e obriga a poesia a falar dos mesmos assuntos
por dentro das pastas
cóleras
sinais vermelhos daqui a Tóquio
e vasos sanitários tão semelhantes
como padrão bruto ideal de higiene
que não passa muito pelos poemas
oh! denuncistas
oh ! comunistas
oh ! operadoras de telmarketing
qualquer cena que treme
e suspende

.... veja bem uma placa confusa
porque saberiamos com tanta clareza
se o próximo passo a incerteza
sempre tem o charme da revanche
maldita história que nos puxa
andar pra trás
andar na sua
cale a boca agora
ditadure-se
envenena-se
entender o poema
é fazer-se de sua

 fode
com toda provisão do homem

sábado, 18 de outubro de 2014





calor
falta de ar
pressão alta
dor de cabeça
insegurança
cuidado, há um vírus a se espalhar pelo corpo
amança


Preciso amar demais, antes que outras coisas façam sentido
tenho medo do vento que não chega
do beijo que não me olha
tenho medo de ser observador

Preciso amar
não porque o dia vai ser mais bonito , por solidão , ou pra ter alguém.
Preciso me espalhar pelo mundo da forma mais delicada que conheço.
á incerteza

Preciso amar , pra quando chegar em casa
ser casa
não ser mundo
mundo tem eco

Preciso contar meus segredos
só quem ama pergunta os seus segredos.
mesmo  em poucos segundos
mesmo  em poucos milagres

amar é algo que eu não vou saber
mas acho que o amor tem haver com intensidade
ou não ter sentido em tantas outras

não por repetição
por opção
me parece crianças
que brincam escondidas de madrugada
amigos que sempre se veem e contam o que querem
e ali o universo repousa  e tudo pode começar de novo



Das fraquezas que exerço com  extrema honestidade
e me torna um isolamento resposta pra vida
é a despedida.
Nunca vou me despedir.

Tenho todo o direito de ter como lembrança
todo o caminho percorrido.
o inicio, a dificuldade , a força , o sorriso .
Porque devo abraçar tanto o fim como uma religião
não , não devo fazer da vida uma justificativa fálível.
Como uma consequência de um mundo que se esvai.
eu sempre respeitei o que há de humano quando cai
Porque eu , justamente eu , devo impor á morte
Os erros onde a felicidade não conseguiu subir no palco
e filhos tão inseguros que inventaram a pressa

eu sou um mago resistindo, que tenta pregar no céu uma placa:
Desenho o mundo com azul tinto, caso o amor esteja em falta
Escolha o sol como melhor amigo.
Mas do que lhe acompanhar
ele sempre esteve tão sozinho

você não deveria esquecer que depois da morte
do oitava casa na kaballa.
Sempre surge os heróis em sagitário
o ultimo dia do fogo
onde a eternidade encontra-se em órbita em propor
melhor chance ao carbono e fingir o desencontro
a temperança é um conselho antes do trono

Um arcanjo mais adequado
que o ermitão
Teu choro é sal
Porque tuas rochas não guardam os erros de mundo
profundezas em que deus não se atreveu a criação
é nossa parte amar todos os oceanos

Não devo me despedir pelo verbo ainda
Não devo me despedir por que sou fraco
exatamente a medida do amor que sinto
e que carregarei escondido
reiventado meu espaço
colhendo amores
jeitos e doces
os dias são feitos assim

florestas são mais flores que jardim
janelas abertas apontam o que meu dedo não podia
e eu pedi ao serafim
que me desse chance de voar pra longe do dia
e me deixasse bem mais pertinho
da nuvem que giz a lenda
eu rabiscar  no quadro do não esquecimento do ser humano, por exemplo : é preciso sorrir

e eu exigiz novamente, em um giz amarelo
que todo amor será para sempre


Retiraram a literatura da história
sobraram homens que faziam versos
e homens que faziam histórias

retiraram do homem
e dividiram em dois braços
o porque fazer
e como fazer

retiraram da humanidade
o que todos vamos fazer em humanidade
sobraram os versos, os homens e sua história
e no meio do caminho tinha uma pedra
e esse homem por não acreditar , e não pensar em nada e ser tão contemporaneo porque olha sua história e ve somente e tão somente uma pedra,  ainda que fosse .

não se perguntou .
Porque uma pedra ?
Pra onde foi e de onde veio essa pedra
O que os maias pensaram sobre uma pedra
poderia ser um sapo.

A poesia é tudo aquilo
que não pretende ser
porque se fosse
não seria poesia
seria um beijo

a poesia é tudo aquilo
que ainda não me foi permitido
e eu posso sentir
eu posso por em verbos e choro
pelo beijo que já vive

para os que entendem a totalidade como categoria fundamental
vai no google
Marcus tem toda razão
extrema razão

só da pra falar do eu
porque o churrasco ainda não foi marcado
a mulher teve que ir no cabeleiro

e sobre eu
eu


Meu peiito estala menos agora
é mais adequado repousar, ver daqui a forma passageira
como um projeto reto de expansão e sem lágrimas.
Sem lágrimas , sem erros , sem chocolates , saber que a instancia que me julga
é completamente vidraça, vejo tudo , o que dividi , poderia uma pedra destruir facilmente o que lhe veste e te estraga , e cerca

o peito estala menos
pelo índices inflacionários
o preço do cigarro
á pedágio da minhas luas

hoje eu prometi não condenar o mundo
nem a mim mesmo
peguei um bocado de tempos ruis e levei ao laboratório
Tive um sonho que eu não lhe via mais
Tive coragem somente para enfrentar os medos
quem conduz o carro, sabe desviar do jeito que a porrada lhe acusa
o pior sempre é quando eles tem razão
e não lhe oferecem um beijo , uma roupa limpa , uma pauta , uma lupa.
uma poesia carne e surda
vestida com tecidos pragmáticos
sem detalhes alem da sensação carnívora
tu foste embora
antes que a solução chegasse
antes que a po
e s
i
a se demostra-se -se
gaga
medrosa
indo


Retiro tudo o que disse
farei do silêncio um sintoma
conversarei com andanças e não ações
canções que se esconderam por trás
Domingo
amores
prefácios
silêncio
sem perguntas e opiniões sinceras
açoites
sono
devo dormir
há dias certos para perder
e levar um pouco de arrenpendimento
antes de encaixar uma resolução
de se convercer do contrário
domingo
acho que o domingo não
dormir
é melhor
ninguem há de saber
o que sonhei , e o que catava
e dos porquês inconcébiveis
sem me repor
para segunda



A serpente sucumbiu aos amantes uma escolha
sofrer para equivaler o amor nesta vida
ou seguir adiante , dirigir o carro , construir uma torre, temperança

Era objetivo do universo criar o amor há muito tempo
Mas era imprescindível alguns atributos que os deuses até então pouco sabiam. Era necessário  criar uma espécie específica pra isso, um tipo de destinatário final, completamente diferentes a viver uns com outros e sem se preocupar muito com o restante dos seus funcionamentos, e ainda tinha um planeta só pra essa porra

É um momento de pausa a criação do homem
Como se a vida fosse uma constante
E as pessoas existissem nela coletivamente
Parece que o universo é tão estático
E a humanidade a deflagrar suas diferenças
pelo tempo , tão antigamente , tão idênticos ,

é um momento de pausa pelos olhos fechados e mãos estendidas
e pedem que segurem tudo que se perde e se estende
tão esperado , surpreendido , altamente desqualificado e tolhido
para que possa ser bem eternizado e longe dos além

Malditos mares onde tem um dragão
que entorse a escolha a espremer o tempo
a faz que os amantes só tenham uma espada a se proteger
e perdem . Perdem , perdem para o dragão e dali a vida é feita

Ou amor virá uma conspiração
ou você será uma eterna suspeita



Como prenuncio de novos tempos
a vida que vos fala
guarda tanto de mundo que nos é dentro
que de qualquer outra maneira
seria insuspeitável
o assunto não ser demolição

falei tanto sobre casa
que agora terei de demolir
quanta conspiração !
quanto aprendi
quanto sonhei e fui feliz nesses dias
vou demolir não ! vou refazer
a vida é refazer

caso contrário
a lua fica tão imensa que o fria fica insuportável
o sol queima o dia inteiro
e principalmente
Nem tuda chuva é de verão

Verão acaba
verão também volta
e geralmente mais quente
porque sempre sobra rastro da gente
num pedaço do corpo que mora
a saudade e o querer não ficar

Se demora
se perde no caminho
de querer ver sentido
em viver pra beijar

e dormir




Poe tua saia cigana
aquela rubi e canela
teus olhos tirana

Meu corpo envenena
abriu tudo que enganas
sem haver penitencias

moça que dança
ao passo que sente
vida que vai em rodas a frente
Em descompassadas andanças

Não mente ! te ajeita e cantas
gira tua vida de volta pro seio
teu mar é o sal de quem tramas
Há fuga por todos os leitos




Escrevo para poder lhe tocar
Passar a mão no pescoço, sentar no banco da praça
 
Escrevo para ser lido pelo buraco da fechadura
E passar as noticias que nunca se escondem

Precisamos somente de dois versos
depois o silêncio morava por nós

Acho que o amor é motivo para ir a lugar nenhum
ou sentar no escuro e contar as estrelas


Não da pra saber , não deu pra evitar



bateu !
a vida que existe na gente , bateu e foi além do que precisava
essa é minha posição
bateu e foi longe demais

Não é falta de charme meu
dizer que as histórias bonitas são menores ou não fizeram diferença
é porque o que bate em geral estende o bater
é porque passa a existir a chance de alguém ver vantagem nisso

é preciso ser claro
Não pra dizer que o resto é mentira ou que não entende o mundo
prefiro descobrir como se faz união , abraços , amor
esta é minha posição

Penso que nada é moral
é desafio
ter o mundo que nos é dado
por pais , avós , amigos , milénios
ser o grão de areia mais articulado
tendo em vista o avião , a fome a bomba atômica

é complicado falar dos pesares das coisas
Ter de estar perto dela
se não virá só opinião
fica tudo com gosto de balanço

Não é agressão somente
é negar a minha ida
justamente em direção a você

Não é algo desproporcional
é estender sobre mim em excesso
doses homeopáticas entre ser e o descanso
me evitando reverso a todo meu pranto

Eu chorei por ti sim
E nessa dor encaixo a parte no que perco
E junto todo dia meu plantar do desapreço
e só carrego

eu juro !
que só carrego
por não querer saber se tenho
Mas se posso encontrar

Bateu! E  é sempre de frente
Não tem pra onde correr
é tudo grande demais
E por isso o acaso pressente


Porque você não rouba logo a sobremesa ?
Ninguém vigia a cegueira inconveniente
em queda, o sumiço propôs a ousadia a chance repartida
da flecha fora do alcance, do erro galopante

Ao passo que a mentira o entulho saciado
invocou o próximo verso desarmado  
Roubou o verbo, escondeu no bolso
do temerário desastroso a criança faleceu
o que há de errado sem motor e o museu ?

é a sede enfim
fez de uma viagem
paladinos seres desapropriados
dom quixotes favelados de si
é titulo de honra sem verbo emburrado
o colher de gente , podre e reformado
Como roupa cantante imagens de um Estácio
Um passageiro sem marcação e destro daqui

de tal cegueira
porque não aproveita amargura em frigideira
Faz das contas pagas sorriso e musica clássica
ainda que a cama apresente como solução a falência multipla
Não da pra ver , não se pode sentir
o inconsciente á revelia de seus muitos tratados

acorde e perceberá o ritmo
da cabeça maior produzir a morfina
testa grande óculos escuro
Só a vida  tem medo da repartição publica.
Volta pra rua, tenta dar sentido a pura
Volta pra porta, tranca, pula do telhado  
Achou cada parte em camelôs, oriente, reprovados

quebra cabeça de muitos vestir teses agasalhos
reclamar de erros poucos relevantes aos improvados
Como se da história redefinisse um ver menos palpado
e gráudo
Proclamaram como justo, fático , agigantado e veludo  

abrirei como chave o negar absoluto
Meu complexo de complexos
Do alemão
O meu agir em menor miúdo

Para contar a sorte em palitinhos
e amarrar no braço uma fita


Pobre engenheiro idiomático
Construir com as palavras uma varanda sem ninguém para levar.
Arrumaste tanto a geladeira , a bebedeira e a rapunzel
que ela errou de endereço o indecifrável rumo do papel

ela queria tanto te dar aquela noite e tu se fudeu  
que ao prever como seria sua próxima  lua de mel
o poeta descomplicou o amor e disse ao Egeu
- a proxima terá caldo de cana com pastel.

Pra quem tinha só 20 reais no bolso
As palavras mais cabíveis
-Teremos a noite de nós dois
Coca , e muitas esfihas do habbis

O amor passou a entender que ao pagar a prestação
Não se comprava com as palavras o que se abraçava como irmão
deixou de contar suas  palavras.
Passou a sambar com esse  mundão


travessia é perda de tempo em jeito melhor de parar por aqui
te vi em silêncio
com raiva nos olhos
sem rimas a flor da pele

terra seca é jeito evitado de beijo nenhum
ter sido melhor aproveitado que poderia
deixa pra lá, o mundo mudou de endereço
reverteu o verso , pousou sob jupiter sem rima e assunto

é passado em tempos a mais  

Acho que a poesia já basta


A caminho de jupiter
Parei no posto de gasolina meio escondido
haviam tantas curvas e placas dizendo não volte

Como sou desobediente
Não confiei muito bem no além mar proposto deliberante
paguei ao funcionário, recebi meu troco e ele me perguntou
-tu não vieste do mundo ? tal orbita é tão expulsante assim ?
Sabes que depois do perigo , o que  sempre sobra é audácia e a fama de destemido. É como porta de vidro a céu prendado, alguns se usam de mansinho  e outros a la descaralhado. Sabeis ser passado e ter adiante o costume usado , tradição como companhia do bom moço , sob mel fácil que agilmente poderia ser doado, mas não entregue a sorte como dizem os prisioneiros fugitivos tão terráqueos

- e o que fazes com o mel ?

-geralmente fabricado por um  doce divertido dilatado pelo sindico diretor do sindicato. Fabricando esses bombons você fica mais cabrosiado. Vai fazer da vida dura, sua honra por milimétrico cubico  divino centavo

- e o que fazes com o mel ?

Vai ficar tão bem gelado que de saia e sobremesa vai servir de ovelha negra pro casamento do cunhado.

é o que fazes com o mel ?

tu já teve a  rima longe
De uma orbita que sabe prosperar
tem uns verbos mais tão permissivos
bonitinhos pra poder falar, sem poder , esperar , bla, bla, bla, blá  

Aqui a gravidade é mais intensa
Fazem pra além da vida uma construção não existencial

e os sonhos pedantes
todos os sonhos pedantes

Foram consenso a expansão de fogo indefinida
para que o enjoo tirasse a cara do gosto com jeito na camomila
de todas as futuras meninas da região


Vivemos em um grande cemitério
o nome do homem da placa
o homem que inventou o avião
tijolos e submissão
quase tudo , quase nada em vida avante

Pergunto e sempre levantarei suspeitas sobre a vida
Não por curiosidade ou por relaxamento
é porque se formos fantasmas
nietzche vai passar a ter razão
eu e ele não queremos nunca qualquer tipo de verdade
e vamos catar beleza como se beija estrela
não , não ! não quero vida eterna e nem consagração
queria saber se a metafisica é sinal de solidão

Se formos eternos ainda haverá perguntas
Se formos embora tudo será tão a toa
que qualquer ação é um valor invarivável
e todo carinho pode ser a filosofia da obtenção
que qualquer olhar negaria a pessoa e sua redenção
troxa . tão troxa! otário

Acho que a vida não deve esclarecer
e nem a morte é sentido da tristeza
mesmo a história e homens buscando sentido
em qualquer tempo histórico
deveria haver a radiografia do medo
para que pudéssemos negociar a beleza em troca de finitude
em busca de um preço confiável a pagamentos brutos

tenho medo de escrever sobre a tristeza
o que vou dizer para meu filho?
o que devo ensinar amanha?

quero reunir uma coletânea de motivos bons para acordar
e sobre a morte
sempre vou usar o argumento do amor
a metafisica materialista orientadora mais sincera do que nos falta

e direi que viver é um ato de coragem
pois iremos perder tudo
Mas deixaremos poesias como rastro
um mapa do tesouro
para melhor viver aqui
em multidão sobre  América


Que dia inteiro !
no espaço do meu trago visito meu beco
e todas as cores votam pela burocracia
nome
cpf
idade e sexo
posição politica
solteiro

tantas partes omitidas
que cada olhar é mais um jogo certeiro
da mesmice contínua sem rima e bruta

eu quero acelerar a montanha
nua
pronta
desprovida dessa prece tua

e ai assim
vou tomar banho de lua
e paz para não ser cínico com as estrelas

marcar um churrascão em guapi

antes disso
preparo sob a incerteza
o tempo que teremos das leis trabalhistas
nosso mundo é tão de verdade que não temos chance da verdade

seguiremos no caminho com o cú na mão , muitos amigos e erros de humanidade
mas estamos ai
e quem nos julgar
vai ter que pagar minha hospedagem
em paraiso especifico
sem meus crimes e amores

assim não quero

só sei voar
porque nunca confiei no azul do céu
porque sou marrento
e quando me disseram que tudo é sofrimento
me encheram o cú de papel
e rimas na poeisa que falavam de mel
e tudo tem que rimar se não , a critica ....  ( essa parte não tem rima )

mentira
o melhor gosto de mundo
vem do sexo oral



O beco 4

No meio do caminho tinha um beco
Nesse beco, só entrava quem se pré dispunha a tolenrância
o meio do caminho achava o beco sem saída
e pregava sempre uma pedra no sapato

o beco era canto ordinário
que passarinho nenhum pensou em sanhaço
o sonho do beco era aumentar seu espaço
e explicar o que prega de fora pra dentro

maldita propaganda enganosa
quem ficou horas atirando pedras no caminho , sem curvas
Não sabe o tempo que perdeu nas ruas
o beco é um bar , armado de seda e amargura


Me preparo entre a misericórdia infinda
e os sopranos irrelevantes que pouco afirmam saidas

sobre os cacos humanos pelo chão .....
a cada um haverá uma filosofia que o amole
que vai lhe deixar um recado em meios tecnológicos
ou algum deus novo sobre prefácios astronômicos

Tenho medo que tudo seja autônomo
cada grão de areia com um cardápio sobre a mesa
prontamente para devorar minha substância
que não me provoca salvação e nem perceba

Cada pequeno mundo de tonteira
Porque pensar tanto
Se cada bomba ou solução
é mera brincadeira
?????????????????

Porque cada pergunta é muito incesta
filhas da devastação nascente de trincheira
e que detesta
Cada homem ao passar por mim inteira
nunca afirma o inferno que lhe testa


Sou filho do amor sob o signo de leão
da era de leão
Onde tudo foi construído por detalhes e medalhas
Nunca faria sentido pensar em ser feliz

que pouco amor sentem esses que insistem tanto nessa  palavra
pouco perceberam nossa morada e ousadia
muita magia, a beleza da generosidade
seu sorriso pela convicção
a proteger essa floresta
a ser dona do acaso

Não sabemos estar a deriva
em tramar uma revanche pelas crianças
de tua força e sinceridade

Eu odeio a roda da fortuna
o meio do caminho
não fomos prontos pra tudo isso

Um leão não é um general
o leão chora a morte do anjo que não nasceu
abortado
morto
ela e sua mãe

Mas como aqui a vergonha é escancarada
deixei o sorriso versus espelho
e não sai nunca mais para brincar

talvez ela salvasse o mundo
talvez  eu tivesse errado a mais tempo
nunca vou saber
nunca vou voltar

a maça dividiu em dois esse destino
uma eu cuidei pra nunca mais sentir a maldita fome.
a outra
entreguei a uma criancinha
como você mesmo me faria


Ao assustar a vida
o amante engana-se
Como se soubesse a preservação
apresentar novos rumos

e o amor passa a ser
como era no futuro
intocável e refeito
sujo e vermelho
no limiar , a escorrer levemente
e nada mais seria
montanha ou disciplina
menina ou mulher
porque dentro
há espaço , há divertimento

Quando reescrever o sentido
o amante colherá a diferença
entre os erros inevitáveis
e o tempo de menino



Não confundam liberdade com vontade 
e principalmente solidão 
não estamos sozinhos 

os deuses sendo verdadeiros ou não 
pelo menos nos prova 
que sempre houve a humildade 
de não se saber tudo 
de te proteger 
que todos não foram capazes 
alguem poder chegar  

imagine 
os que espera de você
o nosso tempo vê no outro uma barreira 
inverteram consumo a fertilidade 
como se fosse impossivel no plantar 
o que se quer do mundo e das pessoas 
o que se quer deitar 
sonhar 
imaginar 
viver 

Cuidado com o nosso tempo 
ele é vendido demais 
e faz de mim para ti 
sempre algo menos importante 
mas eu o mundo 
estamos todo dia 
a equilibrar do inicio a partida 
todo o resto é maior em todo lugar 

eles falam em liberdade 
Mas o homem é inteligente 
ele é livre pra decidir 
a qualquer lado para frente 

liberdade é saber conduzir a plenitude aos outros homens 
para que o não olhar cinico e urbano 
seja um sorriso agradável 
em que se possa pedir ajuda e amizade 

você terá a chance homem livre 
de provocar mais inimigos 
e trocar um coleguinha por prisão  
poderá ter ideias lindas 
e nunca cantarás uma canção   
ninguém te chamar pra dormir 

liberdade para ter mais 
eles podem te dar tudo 
menos liberdade de gente 
e pior que até no ceu e no inferno 
há tante gente 
meu deus meus deus 
até tu não me deixa sozinho 

liberdade 
tanta liberdade 
que eu só sei 
falar de ninguem



Este poema me exige evidenciar a vértebra máxima que assenta terra dentro
Para contar nos dedos a chance mais justa bem sentida
Aquela a tal ponto que se torna vida clara
livre, enrustida por timidez mundo ouviria

Como no cantar boca pra fora
onde voz ecoa por dentro de beijo quente
procura não mente, quando perde alagaria
tanto que derrama, terra seca noite a frente
a se espalhar nossa casa pelo corpo me desanda
afogar o entanto pelo acerto leve tente
é ainda pouco do meu leite
ainda pouco do costume
ser do alguém  
ver açude
da foz continente a lhe cuidar
um tanto de porém
Mais um verso e tudo mude
graças ao não saber

Amor
quando o mundo pode namorar
não vou mudar de assunto
juro muito tudo aquilo de pé junto
que ao todo tempo
tem um poema querendo me imitar


Helena

Não faça um amor tanto de si
Não ofereça coração á sorte em majestade
toda rainha que se preze, é face forte
pois cantar a vida e ouvir toda metade  

Chore helena! os homens são assim
um menino pra viver
uma morte pra colher  
mais um erro de quem não sabe amar
e um espaço soberano entre o prazer
a quem se deve  e quem deveria te buscar

estamos tão longe minha amiga
estamos tão despreparados
para todos aqueles que sofreram demais
queria aconselhar teu choro
teu sorriso meio  tão sem gosto
como um abraço que se prega a paz
no momento em que já não reconheço
o que seria a vida
durante toda procissão



Escolha bem tuas palavras
filhos da barbárie não cuidam tão bem assim de fantasias
oferecem pouco afago, pouco estrago, poucas tragadas  

Acho que o nosso carro quebrou na estrada
Mas tinha uma aldeia bem pertinho , cachoeira, descanso, um pajé, o dia inteiro  
Maldito caminho com placas.
Eu sempre acreditei tanto no coração

Sentei no asfalto,  imaginei uma lenda
você não parava de consertar o carro. E mexia na roda , no passado
e eu vil na necessidade tola de brincar, enquanto os carros que passavam nos sacaneavam
Isso te ofendia.
Te doía mais, a sua interpretação de minha desistência
Quem vem de longe, só pensa em dormir.
Não tinha como consertar , nem pedir carona
Porque não comemorar uma festa, só porque faltou a festa ?

E eu poderia ser um guerreiro milenar
com armas , poemas e namorar pela fogueira.
você caçava , eu construía e arrumava a oca
Maldita placa e contratos.
Pretextos sociais fadados á troca
Eu homem, você minha mulher

O pajé poderia ser mais sensível  que o presidente
prefiro conversar sobre plantas do que tragédias pela manha
eu até pensei em fazer uma nação.
você cortou minha poesia no meio e disse:

- amor tem um caminhão.
- Moço você vai passar em Felicidade aqui bem perto ?  

O caminhoneiro me olha com desdem. Quem é macho de usar uma viola e uma brasilia 72, sendo que a caixa financia em 56 parcelas mais entrada um carro zero com ar condicionado e freio abs? Quem ? Um comunista ? Uma crise grega de betas com alphas e letras fracas, como se um suposto fracasso, fosse afirmação

- vai não !
- e mesmo se passasse eu não levaria

Homem e carro quando quebra é a minha chance de fazer alguém abrir a perna


 Aqui jaz um homem sem a morte
 sem ponte , onde  o muro dá de cara com os braços
 mais um gole escasso tudo
 o meu consumo  alimenta o cigarro

 onde a poesia não rima com nada
 além do sonho que rima com pasárgada
 as ruas estão vazia de páginas viradas
 de rostos que simbolizam as cartas marcadas
 tudo rima com o cansaço, que naufraga

 que desespero até você chegar
 esta poesia chama-se náusea
 um jogo certeiro de homens e farsas
 cinismo contido em amores que passa

 que desespero até o soneto virar fadiga
 e quando choro pelo sonho da menina
 vejo que tudo é face a sorte falha
 e que não convive bem amor e ousadia

 deve ser porque o sonho é pouco
 experiencia nunca sempre resolvida
 onde os braços não podem puxar
 mas enxuga o pranto e a covardia