domingo, 5 de março de 2017


Meu bom e velho amigo rei
Você sempre seria derrotado, um bicho acuado
temendo como sempre a paixão e a vaidade
Não ter medo nem do mal e do seu pecado
Antes mesmo da revanche final
Você sempre seria derrotado com essas músicas
e suas donzelas seriam invadidas
Como flores no campo ouvindo uma musica chata e massante
Antes mesmo da sua cartada final
e das bombas atômicas que não explodiram
e os deuses que nem existiram
Me faça logo o favor
Assalte logo e menina assustada
e honre novamente o próximo palavrão
cale sua boca para sempre
e esqueça essa canção
que eu sempre fiz a você , desde criancinha
para qualquer futura próxima reencarnação
Governo
subjetividade
Destino
ou
mentira
Pra quem quer pagar pra ver
ou nem saber o sentido
de mais um poema estranho e sem título


Cuidado juventude
A velharia pós moderna já chegou no seu lugar
Hoje vai ser bem diferente
o jovem é um adulto, os velhos querendo mudar !
o novo é inapropriado
hoje todo mundo acha que pode pagar, em 35 anos a casa própria
Se houver muita mudança, a gente pode se enrolar
A pós modernidade é a ditadura da realidade
Não venderam os sonhos, hoje você paga á prestação
Quem viveu sempre de miséria, só pensa em comer
Quem viveu sempre na riqueza, agradece a deus porque não se fuder
Não há nada no meio
alguém tem que ser o bobo da corte
Não adianta!
Se a nobreza conspirar contra o rei
Não vão destruir o reinado
Ninguem quer dividir seu lindo castelinho
independente da consciência.
Consciencia não acorda ás 5 da manha
o fome nunca dorme


no fim das contas
a poesia
quer ser de classe média.
Não quer ter tudo 
se não as pessoa vão dizer que você é arrogante, um césar
Mas não vai querer ser fudido , sem lanche , na merda
quer ser mediano.
no ponto exato
da correnteza na maioria
com um poquinho de vexame .
sem sal , me quer , se dane
por isso a maioria despercebida
não expõe, o que se cante
o que versa , o que se vaza
avante
O comunismo não tornará todos de alguma forma mais iguais ?
então seremos uma nova classe média
A promessa do capital , e o sonho dos sonhadores ?
não é tentar reduzir os mais pobres até a classe média?
todos não são heróis ?
ou são ?
a poesia tende a classe média
a poesia tende a classe régia
todos não serão os heróis
heróis não são parafusos
heróis que nos deram a sua moralidade
a sua existência importantíssima
mas não agora
aqui, somos de classe média
todos os dia nasce mais um pior que a gente
que nos leva pra cima
a uma classe superior e alguma inferior
somos a média


Eu te amo mulher
na tempestividade dança tropical
sob o cabelo marcado
amarrado em teu batismo mais carnal
Eu te amei mulher do mal 
em que todo bem saia de dentro
em tuas correntezas naturais
tuas mamadas genias
minha alma de carne animal
em que tudo alimento
é te devorar mais e mais
caçando o sorriso e o sinal
de que nunca parar
obedecer teu gemido, gozar
ser pra sempre teu deus principal
ouvir meu nome, nunca parar
fazer oceano em ti me afogar
É assim que me amei para sempre
todo corpo do meu oxalá
é fazer meu caminho por dentro do teu


Ditadura do sapato furado
Senhores , venho comunicar-lhes que o poema desistiu.
A poesia estava cansada de levar a humanidade nas costas
Perdeu no sentido mais vergonhoso e escancarado 
O poema depois de ganhar tão mal , mas tão mal.
Teve que procurar outro emprego
Não conseguia levar sua namorada pra passear
Não conseguia pagar a prestação do seu cartão
Todos os desejos e direitos mais medíocres
a pobrezinha tadinha ! Precisava do poeta pra escrever.
Depois de anos a fio pintando palavras para o surdo
a poesia mesmo raivosa e com sindrome do pânico
Sabia que a mão de deus também é trêmula
e que o poeta é argumento mais bonito de ter razão em ser criança
Mas devido a suas péssimas condições de trabalho
o poema tentou ao máximo correr com sua aposentadoria
(que foi negado pelo INSS )
teve que procurar um advogado
teve que se casar forçado
Passou a trabalhar em madureira de domingo a sábado
passou a ser traido pela falta de libido e desgraçado
Teve que aprender a rimar nojo com o resto do dicionário
não ! perdão senhores ! ele rimava amor com nojo também
Pediu a conta no bar e foi deitar na cama sem tomar banho
fedendo a cidade
O poema foi pra caixas
e pelas ultimas noticias que os poetas me disseram
o mundo avançou
e o quadro clinico da poesia é grave


A vida é um mundo sem casa
e cada homem, um enorme preço a pagar
suado segundo de aluguel sob a terra, a chance, o erro
todos os exemplos possíveis de um olhar sem fronteira
em qualquer minimo acordar 
Só os amores te convence
fica
que a vida é teu lar
eu sempre perco nessa disputa entre a razão e os motivos
 e se pensarmos bem
porque teríamos outra mundo senão este ?
seria muito justo sermos lindas flores no jardim dos outros
levamos nosso ranço e vicio conosco
um presente mal dado e sem beijo gostoso
por isso lutamos tanto , morreremos pra sempre
Sem infinito não há amor que resista
e assim o universo pode começar de novo


..... Vou te contar outro segredo .....
Você nunca está sozinha quanto pensas
é que as vezes poema fica sem espaço, sentido
 não há recado pela fechaduras, sinais de fumaça indicando que a paixão estava ali
os amores que deveria , todos os amores que deveria 
 Guardados naquela caixinha que se perdeu no meio do quarto
 a estrada longa demais
o jardim com o sol meio sem graça
o beijo na praça
e tudo aquilo que escolhemos não ter mais
há um corte permanente
um mar muito pouco agitado
que desistiu alegrar suas manhãs
tudo que você precisava ouvir
bem daquele gostinho de maçã
tudo que não precisava fugir
e agora não sabe mas o que fazer
Se o resto deixaremos para brincar
escrever uma musica que você possa cantar
aquele arder espanhol
que em breve a tua poesia á sós
pouco se importava quem seria homem ou mulher
era o sorriso a brotar em cada carnaval da cidade
 e os braços concordavam numa loucura nada exigente
e que amava , te amava sem fantasia
e nunca pisou ou achou feio a sua carne bruta
e não esqueça de tudo que foi dito
 francamente esqueça
lembra que poemas servem pra isso ?
fazer uma outra felicidade
que não seja o dia bonito
abandonar aquela casa
beijar aquele tal menino
um tempo que nada passa
palavra por palavra
e tudo aquilo que voçê vem mentindo
realidade versus pasárgada
aquele mundo sem voçê
tua face mais sem graça
cade você cigana das canções loucas ao nascer
só voçê , janaína , o melhor de nossas trapaças
esqueceu o cigarro na bolsa ?
o batom de mulher em outra boca ?
signo por signo
simbolo por simbolo
deixe tudo assim
nossa vida de uma rota alterada
um atalho cansado
de nunca mais esquecer de mim