Meu bom e velho amigo rei

Você sempre seria derrotado, um bicho acuado

temendo como sempre a paixão e a vaidade

Não ter medo nem do mal e do seu pecado

Antes mesmo da revanche final

Você sempre seria derrotado com essas músicas

e suas donzelas seriam invadidas

Como flores no campo ouvindo uma musica chata e massante

Antes mesmo da sua cartada final

e das bombas atômicas que não explodiram

e os deuses que nem existiram

Me faça logo o favor

Assalte logo e menina assustada

e honre novamente o próximo palavrão

cale sua boca para sempre

e esqueça essa canção

que eu sempre fiz a você , desde criancinha

para qualquer futura próxima reencarnação

Governo

subjetividade

Destino

ou

mentira

Pra quem quer pagar pra ver

ou nem saber o sentido

de mais um poema estranho e sem título

Cuidado juventude
A velharia pós moderna já chegou no seu lugar
Hoje vai ser bem diferente
o jovem é um adulto, os velhos querendo mudar !
o novo é inapropriado

hoje todo mundo acha que pode pagar, em 35 anos a casa própria
Se houver muita mudança, a gente pode se enrolar
A pós modernidade é a ditadura da realidade
Não venderam os sonhos, hoje você paga á prestação

Quem viveu sempre de miséria, só pensa em comer
Quem viveu sempre na riqueza, agradece a deus porque não se fuder
Não há nada no meio
alguém tem que ser o bobo da corte
Não adianta!
Se a nobreza conspirar contra o rei
Não vão destruir o reinado
Ninguem quer dividir seu lindo castelinho
independente da consciência.
Consciencia não acorda ás 5 da manha
o fome nunca dorme

no fim das contas
a poesia
quer ser de classe média.

Não quer ter tudo 
se não as pessoa vão dizer que você é arrogante, um césar
Mas não vai querer ser fudido , sem lanche , na merda
quer ser mediano.
no ponto exato
da correnteza na maioria
com um poquinho de vexame .
sem sal , me quer , se dane
por isso a maioria despercebida
não expõe, o que se cante
o que versa , o que se vaza
avante

O comunismo não tornará todos de alguma forma mais iguais ?
então seremos uma nova classe média
A promessa do capital , e o sonho dos sonhadores ?
não é tentar reduzir os mais pobres até a classe média?
todos não são heróis ?
ou são ?
a poesia tende a classe média
a poesia tende a classe régia
todos não serão os heróis
heróis não são parafusos
heróis que nos deram a sua moralidade
a sua existência importantíssima
mas não agora
aqui, somos de classe média
todos os dia nasce mais um pior que a gente
que nos leva pra cima
a uma classe superior e alguma inferior
somos a média

Eu te amo mulher
na tempestividade dança tropical
sob o cabelo marcado
amarrado em teu batismo mais carnal
Eu te amei mulher do mal 
em que todo bem saia de dentro
em tuas correntezas naturais
tuas mamadas genias
minha alma de carne animal
em que tudo alimento
é te devorar mais e mais
caçando o sorriso e o sinal
de que nunca parar
obedecer teu gemido, gozar
ser pra sempre teu deus principal
ouvir meu nome, nunca parar
fazer oceano em ti me afogar

É assim que me amei para sempre
todo corpo do meu oxalá
é fazer meu caminho por dentro do teu

Ditadura do sapato furado

Senhores , venho comunicar-lhes que o poema desistiu.
A poesia estava cansada de levar a humanidade nas costas
Perdeu no sentido mais vergonhoso e escancarado 
O poema depois de ganhar tão mal , mas tão mal.
Teve que procurar outro emprego

Não conseguia levar sua namorada pra passear
Não conseguia pagar a prestação do seu cartão
Todos os desejos e direitos mais medíocres
a pobrezinha tadinha ! Precisava do poeta pra escrever.

Depois de anos a fio pintando palavras para o surdo
a poesia mesmo raivosa e com sindrome do pânico
Sabia que a mão de deus também é trêmula
e que o poeta é argumento mais bonito de ter razão em ser criança
Mas devido a suas péssimas condições de trabalho
o poema tentou ao máximo correr com sua aposentadoria
(que foi negado pelo INSS )
teve que procurar um advogado
teve que se casar forçado
Passou a trabalhar em madureira de domingo a sábado
passou a ser traido pela falta de libido e desgraçado
Teve que aprender a rimar nojo com o resto do dicionário
não ! perdão senhores ! ele rimava amor com nojo também
Pediu a conta no bar e foi deitar na cama sem tomar banho
fedendo a cidade

O poema foi pra caixas
e pelas ultimas noticias que os poetas me disseram
o mundo avançou
e o quadro clinico da poesia é grave

A vida é um mundo sem casa
e cada homem, um enorme preço a pagar
suado segundo de aluguel sob a terra, a chance, o erro
todos os exemplos possíveis de um olhar sem fronteira
em qualquer minimo acordar 
Só os amores te convence
fica
que a vida é teu lar

eu sempre perco nessa disputa entre a razão e os motivos
 e se pensarmos bem
porque teríamos outra mundo senão este ?
seria muito justo sermos lindas flores no jardim dos outros
levamos nosso ranço e vicio conosco
um presente mal dado e sem beijo gostoso
por isso lutamos tanto , morreremos pra sempre
Sem infinito não há amor que resista
e assim o universo pode começar de novo

..... Vou te contar outro segredo .....
Você nunca está sozinha quanto pensas
é que as vezes poema fica sem espaço, sentido
 não há recado pela fechaduras, sinais de fumaça indicando que a paixão estava ali
os amores que deveria , todos os amores que deveria 
 Guardados naquela caixinha que se perdeu no meio do quarto
 a estrada longa demais
o jardim com o sol meio sem graça
o beijo na praça
e tudo aquilo que escolhemos não ter mais

há um corte permanente
um mar muito pouco agitado
que desistiu alegrar suas manhãs
tudo que você precisava ouvir
bem daquele gostinho de maçã
tudo que não precisava fugir
e agora não sabe mas o que fazer

Se o resto deixaremos para brincar
escrever uma musica que você possa cantar
aquele arder espanhol
que em breve a tua poesia á sós
pouco se importava quem seria homem ou mulher
era o sorriso a brotar em cada carnaval da cidade
 e os braços concordavam numa loucura nada exigente
e que amava , te amava sem fantasia
e nunca pisou ou achou feio a sua carne bruta

e não esqueça de tudo que foi dito
 francamente esqueça
lembra que poemas servem pra isso ?
fazer uma outra felicidade
que não seja o dia bonito
abandonar aquela casa
beijar aquele tal menino
um tempo que nada passa
palavra por palavra
e tudo aquilo que voçê vem mentindo
realidade versus pasárgada
aquele mundo sem voçê
tua face mais sem graça
cade você cigana das canções loucas ao nascer
só voçê , janaína , o melhor de nossas trapaças
esqueceu o cigarro na bolsa ?
o batom de mulher em outra boca ?
signo por signo
simbolo por simbolo
deixe tudo assim
nossa vida de uma rota alterada
um atalho cansado
de nunca mais esquecer de mim

Faço da poesia uma puta mal paga e desconcertante
fadada ao fracasso , virado do avesso
Onde o fim não se fala sequer de um cometa
Faço deste cansaço a minha eterna revanche

A menia parada na esquina
os carros que passam pela madrugada
o vinho , o cigarro , a menina parada na esquina
quase tudo é fabricado e publicado no jornal
e o povo é o povo , definições de termos sociais
porque só tinha uma menina parada na esquina
assim como qualquer coisa
assim como qualquer poesia
corpo pelo corpo
valor por valor
filosofia por filosofia
por isso uma puta mal paga e desconcertante
vestido do avesso
vida pela vida
Não a dor pela dor
Mas um ajuste que se faz na trilha
bem pra lá de ser pra sempre andante

o amor se vai
o amor se embora
por isso que se chora
e o amor não sai
e desse sal na beira mar
o vento sempre me consola
de que se tudo mar
a vida vai e volta
a sempre a me guiar
e prova

e além disso a menina da esquina canta
a sempre a se desejar
Uma pessoa de outra Era
Que sabia mais que as outras donzelas
e que tudo sabia manejar
Não era cinderela
Não era de yemanjá
Muito menos boazinha
e nunca foi a paqueta
ai eu te pergunto .......
Dava pra gente se casar ?
Aumentar o mundo inteiro
quando a gente ia brincar

e você sempre me para pra dizer
a vida é um tempo que ainda pode acontecer
tudo pode acontecer
até o conhaque que endiabrou o velho Drummond

Era uma vez um teatro sem pernas
em que todos eram os personagens principais
Mas haviam dois grandes deuses :
toda dor que se avistava lá do palco
e a inveja pertencente nos passos dessa Atriz

Eu vi
Soube
de um juiz que consertava a bailarina
ajeitava a sua donzela e a tornava tão moderna
uma poesia bem melhor que uma aquarela
rabiscar nosso destino com liberdade e não a sina
de ser sempre o nosso nome , muito menos bela
Como eu queria ter salvado a minha menina
Invoquei todos os poderes em mim , janaína

ela era só uma criança
Seu nome era Sara
Sr Sara
Morreu
Se perdeu no meio daquela noite
chorou a partida e não sofreu
viveu arrebentada e se escondeu
acendeu o cigarro
bebeu seu ultimo café frio
Como todo destino invejoso
deixou ela com medo e nojo
se perdeu no meio do nosso desgosto
deixou os seus amores tudo de novo
Virou um menino doente e não dito
Virou mais um fracassado de seu povo
Perdeu-se no meio do seu nome
seu sobrenome
uma espécie de um novo mito
um poema pra trás e com fome
acendeu um cigarro
fugiu com seu unico trocado no bolso

do que adianta toda vida
se estaremos lá
pra onde formos
do que adianta tanto amor
se sabemos que a vida é um morto
e as flores
e as cores
e as pontes
a força
é um bruta constatação
um puta encarnação

me diga poeta
porque devo voltar ?
meu amor se foi
meu corpo é de outro
meu viver é longe de deus
Porque nos abandonaram

Não quero mais a liberdade
o fio de prata desgarrado
um plano fisico engarrafado
Eu já sei que tudo existe
Mas então porque aquele persiste
em não me entregar o presente
o que ele quer ?
o meu sofrimento ?
o meu dilema ?
A minha pior forma de mulher ?
uma despedida em movimento
eu aceito até a morte
mas e a maldade
será que é desacordo
e eu recebendo desse troco

Eu fui ser a Sara
elegeram minha natureza
me deram um papel e um tapa na cara
uma beleza que ninguém me paga
e se ele não voltar ?
o meu grande amor
o meu sal e tua farsa
que deus é esse ?
quem deus me deu?
Quem me viu na madrugada

Eu era só uma criança
e aquela inveja era vingança
fui ver como se faz uma caravela
meu auto mar de Cinderela
fui até Africa
Júpiter , saturno e Atibaia
Era tudo a mesma coisa
a casa quebrada
as pessoas ali falando das coisas mais trívias
A morte pela pela morte
o amor pelo amor
a vida era tão fraca
um corpo que se estraga
se ela era ou não era uma devassa

Mas eu poeta
dei toda minha força por essa paixão
dei toda minha vida mantendo viva a ilusão
matei toda realidade abrindo as minhas pernas
fui a puta que ninguem me vier
eu cuidei do desamor
limpei teu nome pela praça
Eu troquei a felicidade por atitude
Uma coragem que me assume
chorei chorei chorei , e não valeu a pena
morri porque não respeitei a minha cena
Era pra ter morrido no final
Mas eu me apaixonei por voçê
Minha poesia
Meu Kharma supra-astral
lavei as cartas de amor que adoecia
reescrevia o teu amor mais tropical
era doença ?
um trauma mal resolvido ?
um problema de castigo
era minha crença ?

Estou tão longe hoje, morta e tonta
estou em desespero porque o amor não acaba
Não quero seguir o meu destino
Ele era meu menino
me deixou
descobri que a vida é pouca
e do que eu tenho já me basta
a vida matou toda esperança
vento não leva o que não se alcança

poeta , meu poeta, traga ele de volta
preciso viver mais 700 anos
aquele amor se é passageiro
quero que me fujo nessa dança
o anel de fogo
aqui tudo é a mesma coisa
Mas ele me levava de volta ao paraíso
ninguém me ensina novamente a ser criança

Estava tonta
com o pé na corda
e a mão que assombra
era a mesma de costas
e de tanto em tanto fez-se a porta 
bateu com a cara na onça

ninguém viu ?
qual era a sua idade ?
era menina ou vaidade ?
Não importa
era quase a mesma mocidade

qual escola teu samba
já perdeu seu carnaval
Hoje eu tive aquele sonho
era do samba amor fatal
Era aquele dia de fevereiro
logo atrás desse fato mais carnal
era tudo inevitável
Assassinato do reverso tropical

Veio da onça
da mata
a caça
a coça
a farsa
o espirito além do trans-acidental
foi pela gente
um ato indiligente
uma fisgada
 de fígado
alguém que te leva e sente
a margem do rio
( não era aquele do nilo )
nem de oxum o meu presente
era uma espécie de lavada
uma alma secada

Era tú minha cigana
com brincos e olhos de pasárgada
Me deu a mão desse destino
e o poder de revirar todas as cartas
pôs em branco esse caminho
Agora eu faço dessa estrada
Um poema de menino
de alma e corpo nossa a nossa saga

E percebo que a poesia renasce , nos destinos mais indecisos que a gente pode acreditar

seguir e viver aditante ............
.......... Dessa vez a poesia deu a volta por cima
Não morreu e nem ficou em casa ouvindo uma chuva massante 
ou foi bancar de bailarina , de cara e de frente pro amante

dessa vez a vida
fez de conta que deus existia
teria medo de uma revolução á revanche
e pensava mais em ver céu , do que o azul

a vida se perde na próxima esquina
é o tempo que arrasta , há vida na gente
alguém que me puxa , violente ... suma
ainda que indefinidamente
se perde como perde a vida toda

não haverá métrica na mesma dissimetria da consagração
o homem irracional repete sempre a mesma ilusão
como pode o rei , querer amar toda nação
uma paz infinita
a mesma real desinência continua

essa humanidade meu caro nasceu com a morte
sempre vivemos o resto do que não é meu nem seu
são restos dos deuses que venceram e morreu
tudo-tudo-tudinho do mesmo jeito

o profeta levantará?
alguém levantara dos mortos?
mumifique o seu corpo
quem sabe um dia tu serás de novo

- eu sou velho no Egito amor
muito moço cigano queria ser como eu
atravessar gerações juntinho do teu corpo no meu

- eu fui dono do Egito, cigana
lembra daquela bendita desgraça
que o sonho por si já nem valsa
fui eu que inventei tua dança

o que sou irene , me diga
Se nossa profissão é se fingir de morto
a tanta beleza que nos espera
Se o destino também é sofrer , porque tudo de novo
Eterna sina de ser teu garoto 
alegrai , alegria é o que a gente me faz
o que sempre é capaz
de se achar na mandinga

Eu fui pro mato catar o tesouro do rei
Me tornei o melhor caçador e provei
das terras das moças ,Iansã
Roubei o futuro e joguei
pra rodar de uma vez essa trilha
e nunca mais ter que outra vez
Fazer outra guerra,Irene
O destino tentar acalmar
os ânimos
os prantos
das mulheres que imploraram por janaína

O mar está cansado
se vestiu de branco fumou um cigarro
anda charmosa por ai , um pouco amedrontada
Mas encara suas ressacas com certa pose antisuicida

Certas coisas nunca voltaram a sua perfeição
é nossa falha , é nossa feição
Não se preocupe
Há pouco tempo antes de morrer pra todos
todos não faremos nada
sonharemos
beberemos
ficaremos fudidos e mortos como voce janaina
Vão te chamar de puta
Vão te fazer de santa
Vão te prorpor a ser uma mãe
Vão te amar como criança

Vão fazer de tudo para cortar seu chifre
e nunca mais ser o rei
nem mesmo da sua própria ilusão

é impossível se apaixonar assim Irene
é impossível desistir das manhãs
prender janaína , num poço latente
a sós com seu proprio destino

E se liberdade vencer
e o sol maior nos levar a distancia
ninguém vai saber de mim
ninguém vai sobrar de mim
ninguém vai decretar o fim 
la fora de minhas amanças

a noite foi longa
quando a lua não está presente
tava tão longe que ninguém mente
foi a noite que foi sonsa
que se fingiu de moça
e quem sabe indiferente
 mas não se faça por um triz
o nosso fruto é sempre ser feliz
Não brinca de ser essa atriz
que todo mundo sabe que sente

e se liberdade vençer
vai procurar a paixão
e volte pra casa
volte ao caminho que faça
o sorriso de novo encantar
filhos da ditadura do sim
e nunca mais refém desse não

A culpa é toda sua
quem mandou tu ser poeta
você sambou da amargura
e amou demais a pequena

e quando o peito lhe aperta
la vem o poema saindo
e quando a vida me encerra
lá vem o poema caminho

seja em teus braços
seja em tuas pernas
veja em meu faço
o destino que espera
deus e o diabo
eu sou apenas um refem
desse acordo inacabado

Mas como somos todos poeta
vivemos para o amor
 o teu amor
por amor
nos salvando por todo seu estrago

Samba do amor me encontrou

Eu canto o samba do amor que chegou
ela devolveu toda poesia
Até que enfim amanheceu colombina 
Eu canto o samba do amor me pegou

Bancando de ser minha menina
foi a rosa que voou beija flor
Foi ela quem fez a mandinga
que o mar todo em mim navegou

E eu cruzei sete mares pra te achar
Pedi pra todos os orixás
 os males e os frutos do teu sabor
Eu subi no céu, convenci os doutô
que te faria feliz por demais
que passaria até pela dor
mas que nunca voltaria atrás

Minha promessa de yemanjá
te chamo em todo canto de amor
Assim começa o caminhar
Nesse mar de teu fogo e nagô
 Nossa promessa sempre haverá
O sambar do amor me encontro

o amor é uma prova de amigos
você me conta
eu te conto a minha história
e assim a gente vai se desvendando
eu uso as palavras que você usa

o beijo só é bom , quando não tem gosto de despedida
por isso é conquistado
arrasado
arrastado pela gente
o sabor de te ver amanha
seja por raiva , quanto por desejo
vai sobrar rastro da gente
sempre necessariamente
a gente ama seguindo os nossos segredos
e nos convencendo que dá mais um começo

Deixe as cartas traçar o destino
não tenhamos medo
seremos mais esse caminho
que a gente nunca teve freio

Eu lembro de um tempo
daquele tempo
Onde a vida era menos
menor
calor 
suor
penso
Rezo
o pó

Eu lembro do horizonte norte
em que o sentimento de morte
em que o menino era chamado sorte
daquele tempo
de outra vida
daquela menina
do teu sofrimento
em que eu sabia silenciar

Longe do amor e do abraço
a nossa casa será invadida
os pés se nublam a desenhar
 e nossa história acorda do avesso
uma paranóia se contabiliza
eu viro resto desse mesmo
dessa massa falida
intra-molecular de meu desejo

e se eu aceitar a dor
roubar o pão da ceia
e mentir pra verdade convincente
Fingir o destino tão sagrado

eu protegi os nossos filhos
e me cansei levando as pedras do caminhos
transformei tudo em rubi
 os nossos desalinhos
eu juro que não menti
foi só um desatino
uma falsa atriz
que me ensinou a dançar
dos olhos de mel
que sabia o caminho do céu

Não foi o nosso erro
foi a vida que não tem mais jeito
Foi a roda da fortuna
que um dia me trouxe o teu melhor beijo
e uma sobremesa de amargura
Foi a torre , grande sacerdotiza
a lua , o sol, o louco, a pedra bruta
que acertou tua formusura
Não corpo que recebe nossa alegria
de um espirito que exerce a loucura
Quando sabe do amor dessa prece tua

Todos os homens caminham até a terra prometida
cruzaram seus mares , enterraram seus mortos
alcançaram seus motivos sobre as estrelas
Em um universo cada vez infinito

Arjuna guerreiro de um amor só
Não evite o combate
A Guerra impõe uma escolha
Renascer sobre o destino traçado
reeencarnar sobre seus passado

Seguirei sobre o manto de Vishnu
atravessarei o deserto sozinho
A estrela do oriente me espera
sob o sol apontado o caminho

Uma vereda passageira
onde o espirito encontra a luz
descansa nesta terra sem misericórdia
Não morrerei em vão
ninguem levará de mim a força que nós temos

A princesa de copas caiu no teu jogo
Pra avisar que teu moço cigano
Vai salvar pelo fogo
Por todos amor que encontramos
Izzak filho de Sá Magnólia
Vai dançar em todos os anos
a gira que torçe a minha volta
Por todo amor que salvamos
Dança comigo esta noite ?
Fui eu que inventei tua mão
e rabisquei as estrelas
a foice , a fera , minha solidão
Já que impossivel amar sem paixão
Eu desisto de toda certeza
e vou mais de frente nessa contramão
deixo tu ser correnteza
Gira comigo , dança comigo
Me leva onde os deuses perderam a razão
tu é mais cigana que esse pobre bandido
Roubaste a beleza o futuro da minha nação
deusa , viva , foda , da mais louca tribo

Agora eu tenho juízo
Foi o samba que chamou
Só vou atrás do prejuízo
de todo amor que me ensinou

Foi a cigana que avisou
o amor não é passageiro
a dor de esperar o que passou
Da noite que fizeste por inteiro

Foi a cigana que levou
as cartas marcadas desse jogo
 o destino marcado que não veio
o medo de amar tudo de novo
a sorte de durmir nesse teu peito
acordar e não tiver por perto
a madrugada sem ti inferno
o rei bobo sem trono
Sem saber se você vem
ser mais poema de amor desse caderno
Ou deixar meu samba quieto
Desse amor de tudo que eu mais quero

Arjuna desistiu do combate
havia tantos castelos mais interessantes
As vezes esqueco que vamos morrer
As vezes esqueço que eles querem nos matar

Caçei os tesouros
empurrei os destinos pra longe
e fui o mago ascendente de toda indinastia
provei matei e agora no fim me despeço
a travar as mais lutas duras no horizonte
aqui não é meu lugar

Arjuna desobedeu a Krishna
dionisio perdeu o tesão
afrodite levou toco do amor
e ogum reununciou o trono

cada mito, cada perdido
nada perto do sentido
de voce não estar aqui
de voce desistir de mim
Meu proprio deusa
Minha deusa

Não merecemos estar sóbrios diante da lua
adiante a todo caminho despreparado
acende meu cigarro e deita-se aqui
hoje é corpo, desafio meta-diabo

Não brigue com a menina , não faça isso
tudo será feliz se a liberdade é capaz
Ela já disse que te ama , o que voce quer demais ?
para além do que é possivel voar , é queda ? o que tu fazes
deixe a menina dançar , o samba saiu pra cantar
todo amor que não deseja parar
uma paixão que saiba calar
daquele amor capataz
de tudo em fases e agora é pra nunca mais voltar

deixe a menina em paz
pare de ser seu proprio betinho
ela já disse que te ama
eu vi nos olhos , perante estação
Saiba amor meu filho
Se ela derrama
Ninguem dá seu coração de brincadeira

Eles não vão te amar nunca mais Janaína
Sua musica está cafona, seu corpo não é o mesmo
muito menos a dança e tua leveza diante do mar

Quantos alardes foram feitos de tuas ondas 
em teus chamados
e nenhuma voz acudia essa menina
tanto de voce Janaína precisa ser evitado
se esconda !!! vá se embora ! vá te catar
guarde teu amor numa caixinha
embrulhe e coloque num rio
quem sabe a natureza saiba levar
Uma rima então sem graça

Eles não vão te amar , e vão te cobrar o cigarro
Não vão lhe prender , nem o desprezo
Vão te contar uma história sobre o mundo
Você vai me pedir um abraço e proteção
contar as coisas mais sutis
uma forma de dormi sossegado
esqueceremos as regas do jogo
Mas esqueça janaína
tudo deverá ser evitado

A explosão se conteve
a paixão morreu entalada
Não cantou o que precisava
Morreu porque não disse
Viveu porque não passava

tua mandinga é forte
um tratado de paz e guerra
O universo concedeu a morte
O eterno semeou a primavera

E ai ? vamos fazer amor antes do infinito
já sabemos que nada será para sempre
tenhamos do amor exatamente Isso
Somos fortes , eu te amei , o mundo mente
o mundo é sempre invencível
Um monte de gente indencente e sensivel
Foi nossa decisão que provocou a escolha
é sempre mais facil amar todas as pessoas
deixem eles sós, fomos além do coração
Pra fora , nos seus olhos , nem a frente , muito menos a frente

tu mandinga é braba
Com a sorte e a safadeza da cachaça
que prova que amor é força dada
Muito mais do que alma sente
a gente não entende nada
Só precisa seguir
todo caminho termina aqui
Muito longe de parsagada
No Abraço dado que eu pedi
que eu tive a certeza que vivi
e serei de novo essa batalha
de negociar com meu diabo
um anjo foda diplomata
e eu nunca saber o que pedir
se eu salvarei o mundo
ou se me convenço a solidão

Faça me um favor !!!!
Use os meus versos para seu novo amor
Cante aquela musica , toque o teu coração
Use os meus versos , o futuro já começou

Vá , o destino é quem faz minha voz
Eu só fiz o que a vida me ensinou
eu fiz uma canção para o nosso amor
Mesmo não sendo eu esse novo algoz
eu fiz minha parte de ser teu trovador
Eu fiz a cidade virar uma nota só

Cante , use aqueles versos
todo amor só pode ser eterno
e fica aqui dentro cada vez mais perto
Nunca é ferida , é só esperança do incerto

use nossa musica para com ele
Nossa amor foi sempre de verdade
e se ele te amar , não vai se incomodar
depois do infinito é que se arrebenta outra metade

Estou velho demais para morrer
de ter tempo
definições
Só a coragem é o que admiro
Só o caminho é esse momento 
as estradas estarão lá
Bem perto
Bem mais perto da paixão

Por favor
deixa meu passado onde está
Eu fui muito melhor do que o futuro
ali eu vi , o que era perfeição
tudo que vem exige de mim
Uma coragem sem sentido de entregar
as bandeiras arriadas
Meus soldados tem medo do fim
todos desistiram de voçê
te esqueceram no freio da estrada
rebentou no meio da madrugada

Eu descanso junto as estrelas
agora sou como todos
longe a te ver , torcer , pra você lembrar de mim

Deixa a liberdade um pouco escondida
Não temos tanta direção assim
Não posso mais voltar pra casa
enquanto o mundo nos arrasta

De tudo que se devassa
eu manterei o sorriso aceso como propaganda
uma forma de lembrança em que nos valsa
Há mais uma dança louca, que nos pede a trama
de ser ou não ser aquela então chamada moça

Nunca saberemos o tempo de parar
se o vento é quem destina o horizonte
eu só levo o que eu consigo te dar
meu peso é muito imenso
Não tive muita sorte e nem muito longe
Amei o tormento pela dor de amar
Fui aqui e ali , nem fui á frança
Eu fiquei nos teus braços pela manhã
Foi a unica rima que fica melhor sem raimundo
Eu escolhei seu amor , segui minha vilã
Não levarei nada desse mundo
Somente a lembrança que não foi em vão

A verdade é indecente , Sr Edvaldo
a verdade é horrível , catastrófica
Sempre escolheremos pela mentira
E deixaremos aquela porta aberta

No fundo no fundo o bem o mal estarão quites
 e nós sabíamos disso há muito tempo
Subiremos pela parede e em cima do prédio
o bem e o mal serão reféns também desse tédio

As vezes a vida vale a pena , outras minha alma é tão pequena e mesquinha
deseja a mulher do vizinho e a bondade de salvar o mundo
vontade ás vezes de nem ter futuro
de ter ou não destino , pouco importa , se o que amo vai viver
querem retirar o amor das coisas que amamos , é isso Sr Edvaldo
Esse e o projeto deles
do mundo , dos inimigos , do diabo , não sei
Minha vida decidiu outras coisas
Todas as vidas lutaram por todas as coisas
vejo todo mundo morrendo e matando porque ama
Acho que o amor em breve não existirá
o rapaz de terno vença
e o mundo enfim , conhecerá a paz

Eles passarão pelo entardecer
e nós , vamos cultivar o que sobra da esperança
Não andar de cabeça baixa , e nem tão leves assim

Nunca mais pergunte a ninguem quem és , é feio 
ninguem conseguiu ser o que queria ser ,
pergunte sobre os seus sonhos , o que deu errado
será mas simpática menos humana
esquece essa coisa de ser humano
 o problema Irene , é a vida , é ela que complica os nossos sonhos
os deuses , o acaso , a sorte , a doença
nem padres e os politicos resolveram as enchentes
esquece tudo Irene , só teu coração tem razão
prova do sorriso , aquele teu beijo de menina
Aquele dia que não esquece da gente
ser feliz é saber que podemos ser felizes
Nunca se esqueça Irene , amor-amiga

O mundo vencerá de forma imbatível
e grande parte da sua vida será sofrimento
Ninguem quer ter alegria, o que vale é paixão aqui dentro
e voce questiona a deus
e vai além da natureza de centro
vai pra esquerda
vive , se candidata , trabalha e sem pagamento
vai discordar de deus , porque poderia fazer do mundo algo mais satisfeito
todos nós poderíamos
sim, claro , e com muita ironia você me pergunta
o que há de errado com o mundo ?
deixe o mundo
só vamos passar
Nós vamos morrer
deixe tudo como está

Acendo um cigarro, e tramo mais uma revolução , tenho vergonha do amor ser uma mentira , vou perder eu sei , mas é Karma de ser humano
o caminho do amor é o infinito e o destino do homem é tentar estar vivo

Descobrir os segredos é sempre inútil
sempre vamos desconfiar do futuro
e de tudo que ainda não veio
por um triz , sem descartar nada

adiante o mundo, é o que te presta
sim sim o mundo é uma merda
Fazer o que depois da farsa ?
Dançar , morrer , se divertir
descobriram há muito tempo sobre o cansaço
nosso sentimento para com nós mesmos é :
o que fazer diante de todo fracasso

Vão criar sus ideologias e morais
um monte de porquê com sua razão
um monte de coisa que faz sentido e no fim , não se sabe a conclusão
enfim
um tédio
uma construção de querer para além desse futuro
Não da pra entender , a vitima é tão sonsa quanto o cumplice
um tédio sem remédio pra conter o vômito e as genitais
altamente discutidas e sociais, o sexo vai seduzir o mundo
um assédio
um engenheiro politécnico
um argumento indócil sobre o belo
um discurso ultra pós-morderno
pra não responder nada com nada
pra dizer que a minha e sua vida não faz sentido algum

Não concorde com eles
os homens mudarão , e o presente sempre ficará no seu devido lugar

Seremos rebeldes , Sejamos felizes
Essa é a tese central
do grande pensamento dos séculos que virão
futuro do futuro , verbo irracionalizavel

Menino , deixe que eu cuido de você
a partir de agora você é meu paciente
eu vou te dar a revolução que não veio
e o beijo que faltou na noite de amor
vou libertar seu sonho do passado
vou te oferecer a flor do beija flor
a dança que não aconteceu
todos os remédios que você ainda não sofreu
todos os exemplos em que prudência não levou a honra em consideração

Menino não chore , há tanto choro que precisa cair
a nossa função é resistir e cantar
melhorar as mentiras e ser oposição dessa verdade
uma contra hegemonia, uma poesia além da necessidade
 Mas se você não se sinta mal
Você veio ao inferno e morreu como todos
Não tenha culpa , não se sinta culpado
todos fizeram o mesmo
menos jeremias , aquele ali , sem voz no poema
o verdadeiro digníssimo otário

Não ,não vá ainda
Tem muita poesia pra ser vivida
Tem muito beijo que precisa ser dado
Tem muito terra seca noite á frente

Deixe o caminho guiar teu coração
e der repente o tempo passa
 Só você sabe guiar o carro
A medida do seu descompasso

Não ,não diga ainda
o não dito será libertado
quando a vida lhe propor
o teu ser apaixonado
Não , não vá ainda
toda vida me fizeste essa dor
de não ser encontrado, menina
de frente para meu grande amor

Por isso eu rezei ás estrelas
Invoquei a deusa Kali
medi os seres em seus amores
Recriando quase todas as metades
Eu vi o nu e a natureza bruta
que inflamava céu a dentro
libertando mais ainda a noite escura
e todo mundo que passava no centro
Percebia que a vida só valia aquele momento

E quase ninguém me respondeu
a não ser teu coração
que pulsava em dinastia
e provoca todo tipo de rompimento
e eis que me deparava com o destino e guia
Nem a deusa Kali me falou que ela sabia
Pobre de nós, como estrelas
A pertencer a ordem do não esquecimento

que eu lhe peço, amor
 Não vá ainda

6 comentários

Fui eu Irene, fui eu
Fui ser jeremias nessa vida como todos os outros
Acreditei , fui fraco , destemido bandido e mentiroso
e lutei pelas paixões que tudo morreu

ahahahahahahah
Podem rir da minha cara não me incomodo
todos vocês vão se fuder como teu
amigo vizinho , escravo e farsante
Todos brindaram os dias e a revanche
A direita sempre vencerá

Esse é o Kharma do mundo , deus é liberal
no oriente , você desenvolve seu espirito e tchau
atinge uns nível acima da maioria e parte pra uma melhor
fora os infernos que sempre existiram

Jeremias jeremias , não ame demais
um dia terás que abandonar o mundo
já pode dizer que todo amor é fajuto
e que no fim é só o desejo que importa
 Se você for ver na história , alguém sempre perdeu
o Herói salvou o mundo , mas nunca aquele seu
privado , tudo privado , quando começou a propriedade ?
alguém sempre matou o outro
Os homens fazem a história , mas até agora , foi tudo que aconteceu

Orgasmo Orgamos Orgasmo eis a salvação
A superação da luta de classes
todo mundo tem alguma utilidade
Goze e faça a sua parte
Goze e esqueça da cidade
fode , porque no fim não há escapatória, nem a maldade

Compre uma casa , tenha dois filhos e livros
é importante ter livros na estante
 Ironia também , faz parte do levante
 Aquele que ingerir a realidade é sempre uma dose demais

Jeremia sente nojo do próprio poema , eu também
Mas é o que temos no momento
Podem rir da minha cara depois dessa cena , vou além
pelo menos eu lavo esse tédio do teu sofrimento

Deu pra ver na veia
pulsar os gemidos
as cores do desembolado
o abraço supra permitido

Simetricamente bem confabulado
quando entra , estremece o barulho do rangido
Sempre acessa e desarmada
Vai dizer que fui eu que cometeu o proibido
e fomos nós que juntos inventamos o amasso
Perfeitamente bem desprotegido
Quando entra , arrebenta todo tipo de laço
e reestabelece esse rei tão bonito
Vai dizer que fui eu que morreu do seu lado
E fomos nós que empilhamos o Egito

Eu já Fui Faraó
E mostrei a Dionísio
Que agora já sei usar o diabo
Pra proteger minha tribo
Já sei amar demais e aceito o castigo
que vou morrer em vão
Assim como todo esse infinito

Já pensou que decadente a eternidade
ser pra sempre a não mudança
que natureza perfeita
Amar tanto o que eu não sou
E saber que no fim , existe uma chance exatamente disso