domingo, 16 de novembro de 2014



um poema de igual pra igual
os olhos da cara
de frente pro tapa
frontal
nu

um poema
que fala do destino não ser suficiente
somos insuficiente
porque farei um poema das alturas
com degraus sonoros e indecifráveis
com palavras encaixadas nos detalhes permitidos
eu quero um poema que ilumine  os teus  olhos
e desça até o sorriso
porque o que sempre temos que fazer
é aconselhar um deus sobre os motivos dessa vida

sossegue o tempo Carlos
sofrer é admitir-se por inteiro
Somos sempre um parte do canteiro
Onde universo nenhum podeira cantar
por isso, cante o teu choro
saberão que há um continente
mais possível de brincar    

você é uma parte da vontade que a beleza não viveu
e a sorte do acaso, é o argumento de termos esperança

Só desconfie do destino
Se o que procuras não for possível
Mas como nunca entendemos da vida
deixe a vida aberta
em carrinhos de meninos
em livrinhos coloridos
nas feridas dessa perna
nas meninas de uma festa
em tudo que lhe perguntar
se a vida presta
se tem amor
se há amigos
destinos
podemos mentir adoidado
podemos enganar os otários
e fazer um mundo
um mundo
como posso dizer
menos
humano

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