domingo, 16 de novembro de 2014
Um poema conciso
pois minha juventude é de cima do muro
e as revistas já assumiram suas posições politicas
homens de terno fazem jus a sua gravata
governadores articulam a cidade pelo mundo
parada , engarrafada , cínica , física , mudo
todos os homens almoçando na churrascaria
da realidade implícita, quanto ao crakudo
produto ético carimbado na ferrugem
Onde morre uma criança
Não se confia no futuro
Nem nos motoristas de ônibus
Nas agencias reguladoras
Em preces que deveriam virar reclamações publicas
No Sus
no Pus
Jesus!
há tantos motivos espalhados rotineiramente
diferenças astronômicas e endêmicas
sufixando o mundo em mente
e placas
que não dizem nada
e tu
a sós
com tu
o que tem a dizer ?
nada?
a cidade morre
quando grita ou goza
fala
canta
assim é o seu percurso
e no meio inverto
o som
do meu rejeito
A cidade insisti
E eu grito:
-Açucena! Açucena ! Açucena!
a cidade tranca Raimundo
me esteriliza
em oração
me fumo
barulho
de carro
de garfo
de perna
que corre
congela
acena
acorda
Açucena!
implora
serena
espera
que morde
que versa
que fardo
te trago
farelo
não tudo
antes que fujo
A cidade deu a volta no poema
há tempo de chamar-te Açucena
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