quarta-feira, 29 de outubro de 2014
É de tormenta que se sujeita o bom rapaz
e refaz seu dia , pão e trabalho
e acorda morre , volta , levanta e vai trabalhar
pão e trabalho , engarrafa , para , pra trás , trabalha
e para alem do pão, o milagre de sua poesia
estará nos olhos ?
no peito ?
na farsa
no que não faz ???
no choros dos olhos
nas nãos farsas ,
nãos peitos
no que não se diz
Não há futuro em muito de futuro á sós
tu não vês que o inevitável fez a poesia ser dita
e a vida é tudo que ainda se viu
o que tu tens a me mostrar?
Ah menino
O homem passou a cantar
pra clarear o silêncio
ter mais perto o amor
e se possivel aqui dentro
pode até ter outro motivo
de qualquer sofrimento
mas quase tudo beijo cura
pra qualquer firmamento
é sempre a saga do amor
que faz o doce do invento
na poesia eu que mando
pra invadir teu engenho
e eu termino essa rosa
pra ver se pude mostrar
que nem palavra bonita
me usei pra te amar
então vem logo e me beija
pra poesia esporrar
o silencio insistir
e o poema viver
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