sábado, 18 de outubro de 2014



Vivemos em um grande cemitério
o nome do homem da placa
o homem que inventou o avião
tijolos e submissão
quase tudo , quase nada em vida avante

Pergunto e sempre levantarei suspeitas sobre a vida
Não por curiosidade ou por relaxamento
é porque se formos fantasmas
nietzche vai passar a ter razão
eu e ele não queremos nunca qualquer tipo de verdade
e vamos catar beleza como se beija estrela
não , não ! não quero vida eterna e nem consagração
queria saber se a metafisica é sinal de solidão

Se formos eternos ainda haverá perguntas
Se formos embora tudo será tão a toa
que qualquer ação é um valor invarivável
e todo carinho pode ser a filosofia da obtenção
que qualquer olhar negaria a pessoa e sua redenção
troxa . tão troxa! otário

Acho que a vida não deve esclarecer
e nem a morte é sentido da tristeza
mesmo a história e homens buscando sentido
em qualquer tempo histórico
deveria haver a radiografia do medo
para que pudéssemos negociar a beleza em troca de finitude
em busca de um preço confiável a pagamentos brutos

tenho medo de escrever sobre a tristeza
o que vou dizer para meu filho?
o que devo ensinar amanha?

quero reunir uma coletânea de motivos bons para acordar
e sobre a morte
sempre vou usar o argumento do amor
a metafisica materialista orientadora mais sincera do que nos falta

e direi que viver é um ato de coragem
pois iremos perder tudo
Mas deixaremos poesias como rastro
um mapa do tesouro
para melhor viver aqui
em multidão sobre  América

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