domingo, 5 de março de 2017



Estava tonta
com o pé na corda
e a mão que assombra
era a mesma de costas
e de tanto em tanto fez-se a porta 
bateu com a cara na onça
ninguém viu ?
qual era a sua idade ?
era menina ou vaidade ?
Não importa
era quase a mesma mocidade
qual escola teu samba
já perdeu seu carnaval
Hoje eu tive aquele sonho
era do samba amor fatal
Era aquele dia de fevereiro
logo atrás desse fato mais carnal
era tudo inevitável
Assassinato do reverso tropical
Veio da onça
da mata
a caça
a coça
a farsa
o espirito além do trans-acidental
foi pela gente
um ato indiligente
uma fisgada
 de fígado
alguém que te leva e sente
a margem do rio
( não era aquele do nilo )
nem de oxum o meu presente
era uma espécie de lavada
uma alma secada
Era tú minha cigana
com brincos e olhos de pasárgada
Me deu a mão desse destino
e o poder de revirar todas as cartas
pôs em branco esse caminho
Agora eu faço dessa estrada
Um poema de menino
de alma e corpo nossa a nossa saga

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